— Tia, tô com fome — Laurinha fala alisando a barriga.
— Então vamos ver o que consigo para vocês comerem — digo vendo a Paulinha fazer o mesmo gesto.
— E depois, temos que ter uma conversa muito séria com vocês — Philip fala.
Elas se entreolharam como se tivessem sido pegas por alguma travessura.
— Não fui eu, tio — Laurinha fala me fazendo rir.
— Nem eu — Paulinha diz.
— Não dissemos que vocês fizeram alguma coisa — digo. — Só temos uma notícia para dar, e queremos que sejam as primeiras a saber. Sabe, uma conversa de adulto.
Elas sorriem empolgadas. Vamos até a mesa que tinha algumas guloseimas e sirvo as duas, e elas saem correndo com a comida logo depois.
— Acho que abordamos elas de maneira errada — digo a julgar pela pressa que saíram.
— Ou só estão com fome — ele fala com as mãos no bolso da bermuda.
Nego com a cabeça.
— Não, acho que a minha teoria é a certa.
— Ah, esquecei — ele diz tocando no meu nariz. — A dona da razão.
Reviro os olhos e sorri.
— Sempre!
E