Fabiana
Nem preciso dizer o quanto desmoronei quando Dona Aurora disse: “A partir de hoje, você é minha filha.”
Senti verdade em suas palavras. Quando vi já tinha contado toda merda que vivi, inclusive o dia em que procurei ajuda na polícia ao ser agredida e riram de mim. Pense em uma senhora brava que queria ter uma conversinha com o pessoal da delegacia. Mas eu achei melhor não. Chega de confusão.
Depois de algumas horas, o senhor Castro chegou com um cavalinho preto e foi uma festa. Por ser um homem de poucas palavras, ele apenas acenou com seu chapéu de palha para mim. Digamos que ele é assim com todos, exceto com o pequeno neto tagarela.
Estou vendo meu filho com expressão séria escutar toda a explicação sobre como cuidar do animal e como ele vai crescer.
— Fabiana! — olho na direção da voz conhecida e vejo Alice.
Automaticamente me lembro de vê-la chorar. Será que ela está bem? Para não gerar conflito e Will presenciar outra cena, nem questiono. Trato de agir como a serviçal d