Meu Querido Don, Renascida das Cinzas, Eu Não Te Quero
Meu Querido Don, Renascida das Cinzas, Eu Não Te Quero
Por: Shirley
Capítulo 1
Alessio acreditava que seu poder era suficiente para alimentar sua fantasia arrogante de que Sophia conseguiria o que ele preferia.

Que seja. Eu fui embora. Isso não significava nada para mim. Mas, pelo sangue da minha filha e por tudo que perdi, jurei que os faria pagar.

Na casa de Deus, ouvi a blasfêmia deles com meus próprios ouvidos.

Do confessionário da igreja da família, a voz suave de Sophia chegou aos meus ouvidos como uma cobra venenosa.

— Alessio, quando você vai contar a todos? Você me prometeu.

— Em breve, minha querida. Só estou esperando que ela se recupere da dor de perder nossa filha. Não é o momento certo.

— Pobre garota. O verdadeiro azar da criança foi ter uma mãe tão fraca quanto ela. Mas não se preocupe, eu lhe darei um herdeiro de verdade.

— Ela é minha esposa, não é? — A voz dele hesitou por um momento, uma resposta perfeitamente evasiva. — Mas eu preferiria muito mais estar com você agora, querida.

Meu marido, o novo Don da família Greco, conseguia falar sobre sua esposa sem sequer hesitar, tudo isso enquanto estava com as mãos em outra mulher.

Desta vez, eu não aguentaria.

Fui encontrar um contato do mercado negro.

— Olá, eu preciso de um conjunto completo de documentos de identidade. — Eu disse no canto escuro de um bar, empurrando uma pilha de dinheiro pela mesa.

O contato olhou para mim, abanou as notas para contá-las e, em seguida, deslizou um pequeno bilhete pela mesa.

— Senhora, retire no local designado em duas semanas. A identidade estará ativa assim que os fundos forem compensados.

Duas semanas. Quatorze dias. Tempo suficiente para eu apagar tudo aqui.

Enquanto voltava, o canto do coro da igreja era divino e, ao mesmo tempo, paradoxal.

Todos sabiam o quão "profundamente" Alessio me amava. Aos olhos do mundo, eu era a única que ele prezava.

Ele era implacável e sanguinário com todos os outros, reservando sua única ternura e doçura para mim.

Em nossa primeira noite juntos, ele fez uma tatuagem do meu nome na parte interna do braço.

Nosso casamento, oito anos atrás, chocou toda Nova York, com toda Manhattan iluminada por fogos de artifício para mim. Mesmo no ano passado, quando meu celular descarregou e eu desapareci por meio dia, ele mobilizou todas as Cinco Famílias para me encontrar.

Quando meus pais morreram naquele acidente, ele abandonou um negócio de armas de centenas de milhões de dólares em Chicago e correu para o meu lado. Ele me encontrou à beira do colapso.

Ele me puxou com força para seus braços e sussurrou no meu ouvido: — Blair, eu estou aqui. Eu nunca vou te deixar.

Naquela época, eu pensei que ele era meu salvador, então eu lhe ofereci meu coração em pedaços, um por um.

Toda a máfia afirmava: "Don Alessio é um homem perdidamente apaixonado. Blair representa a vida dele."

Com o pensamento, forcei um leve sorriso. Então, ele estava pronto para desistir da própria vida por ela?

E essa pessoa tinha que ser justamente a sua suposta irmã adotiva.

Sophia tinha dez anos quando Alessio a tirou das ruas e a levou para casa para ser criada como uma Greco. Eu sempre pensei que ele a via como sua irmã mais querida.

Até seis meses atrás, quando Alessio a levou para a nossa villa, e encontrei uma peça de lingerie feminina que não era minha no sofá do meu estúdio de arte.

Este é o momento de confrontação, repleto de detalhes dolorosos.

Naquela época, eu tinha acabado de enterrar as cinzas da nossa filha de dois anos no cemitério da família.

Enquanto eu juntava as mentiras contraditórias, eu sabia que tudo tinha acabado.

Alessio podia jogar seus jogos e inventar mil mentiras para mim. Mas desta vez, eu não ficaria.

E então, após sair do mercado negro, escondi o bilhete do contato na minha bolsa, chamei um táxi e voltei para a propriedade da família Greco.

No momento em que entrei pelas portas da vila, senti um cheiro estranho e enjoativo pairando no ar.

No meu estúdio de arte, Alessio estava em frente a um cavalete, com Sophia agarrada ao braço dele, sorrindo como a verdadeira dona da mansão.

A porta pesada se fechou atrás de mim com um clique, e Alessio se virou.

Sua expressão congelou por um segundo quando me viu, mas seus olhos instantaneamente suavizaram, os lábios se curvando naquele sorriso falso e ensaiado que eu conhecia tão bem.

— Blair, por que você está fora vestida tão levemente? Você não ia à galeria com uma amiga? Por que voltou tão cedo? Eu estava prestes a lhe dar uma surpresa.

A marca de chupão fresca em seu pescoço era impossível de ignorar. Era essa a surpresa que ele tinha para mim?

Uma mão invisível apertou meu coração, mas forcei-me a desviar o olhar, fingindo indiferença.

A risada suave de Sophia quebrou o silêncio. Ela brincava com seu cabelo comprido, sua voz era incrivelmente doce.

— Blair, nosso Don se preocupa tanto com você. Ele disse que espera que eu possa me tornar uma pintora igual a você, então ele me trouxe ao seu estúdio para absorver a atmosfera artística.

Meu olhar seguiu o dela até o sofá, onde o tecido de veludo caro estava todo bagunçado e amassado.

Meu estúdio era o meu santuário. Alessio sabia o quão importante ele era para mim, mas permitiu que eles profanassem meu sonho mais antigo.

A dor no meu peito ardeu como um incêndio, minhas unhas cravando-se profundamente nas palmas das minhas mãos.

Como sempre, Alessio estava alheio ao meu silêncio. Ele se aproximou e me puxou para o cavalete como se estivesse apresentando um tesouro. — Olha, Blair. Eu pintei isso para você. Eu esperava... que Sophia pudesse aprender também.

— Não, eu não quero ver. — Eu instintivamente dei um passo para trás. — Eu não me sinto bem. — Eu me sentia tão doente que mais um segundo naquela sala parecia que iria me matar.

Sua testa franziu imediatamente, seu rosto marcado pela preocupação. Ele chamou um médico particular um após o outro até que confirmaram que eu estava bem.

Alessio colocou as mãos nos meus ombros com uma força que não permitia resistência. Ele se inclinou, seu hálito quente na minha orelha enquanto sussurrava: — Seja boazinha, Blair. Não me faça preocupar.

Naquela noite, acordei com uma sensação de ardência na garganta e desci para beber água. A tela do sistema de vigilância central da vila brilhava fracamente.

Então, eu congelei.

Em uma das telas, a transmissão do escritório particular estava nítida. Duas figuras estavam emaranhadas.
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