Dois dias se passaram, até eu decidir voltar ao trabalho.
Eu precisava desse tempo para aceitar novamente a proposta de David. Esse período foi necessário até que Charlie se curasse.
Agora, de volta à rotina, confesso que senti um frio na barriga ao colocar o crachá no pescoço. Na minha cabeça, passava um turbilhão de coisas; eu queria ver como as pessoas iriam reagir ao me ver passando naquela porta.
Respirei fundo antes de passar pela entrada do prédio, atravessando as imensas portas de vidro.
Caminhei até as catracas de segurança e ao levantar o olhar, vi que Felix já estava parado na entrada, como se tivesse calculado exatamente o momento da minha chegada. – Ele segurava um buquê de rosas vermelhas em uma mão e na outra, uma xícara de café.
— Ordens do senhor Miller… — disse ele, me estendendo o café. Depois, ele ergueu as flores me deixando um pouco confusa, mas antes que eu falasse alguma coisa, ele já se explicou. — Esse daqui é do senhor Reynes.
Senti o calor subir pelo rosto