Para qual vai leva-la? Mamãe pergunta...
Sei que é ela... apesar de não poder ver...
Vou para Paris... preciso de garotas lá... tem certeza de que ela é virgem? A voz grave de Alex é inconfundível...
É claro que tenho... se não acredita verifique você mesmo.
Vou acreditar na sua palavra... afinal a garota é inocente demais...
Você me pediu que fosse.
Posso verificar a virgindade dela quando chegarmos, até lá, obrigado.
Silêncio... quem a quebra é mamãe...
Aqui tem menos do que me prometeu.
O resto lhe será entregue quando eu a testar.
Está bem.
Silêncio... desta vez, é Alex, ele parece conversar com outra pessoa.
Tenha cuidado com essa, quero que ela chegue intacta... arrumou a comida?
Sim, senhor... está dentro da caixa.
Caixa... é onde estou, presa em uma caixa de madeira, só há espaço suficiente para mim e algumas bandejas de comida... muita pouca luz entra pelos buracos feitos na madeira e n ao consigo ver quase nada com eles, nem sei como vim parar aqui.
Estava esperando por Alex no quarto, mas a noite chegou e ele não voltou, deitei na grande cama e acho que peguei no sono... acordei nessa caixa.
De vez em quando, vozes atravessam a caixa...vozes desconhecidas.
Estou com frio e muito medo, ainda estou usando o vestido vermelho. Me recuso a pegar o cobertor que está diante de mim, não sei de onde veio.
Paris... acho que é para lá que estou indo... mamãe me ensinou algumas coisas... outra eu aprendi com os meus livros... sei que Paris é um lugar... uma cidade.
Meu medo só aumenta há cada segundo e movimento dentro da caixa que estou.
Mamãe...
Onde você está?
Estou com tanto medo.
Estou sozinha em uma caixa estranha indo para um lugar estranho e pra piorar com pessoas estranhas...
Abraço minha boneca muito forte acho que ela deve me entender já que eu não sei de muita coisa...
O medo me corroía por dentro e por pensar em muitas coisas… E as histórias dos livros que tinha devorado naquele porão fazia eu pensar em apenas uma única coisa será que eu vou morrer… E onde estou nesta caixa seria o meu caixão...
Caramba todos os livros que devorei e fazia com que a minha mente apenas trabalhasse no pior e nunca na melhor solução o porque de estar lá dentro já que minha mãe me entregou ao Alex…
Nem a profissão da minha mãe eu sabia então nada para mim fazia se quer algum sentido poxa...
Só temia a Deus e todas as presses que aprendi lendo aqueles livros...
Meu Deus!