Eu não conseguia andar em linha reta.
Não porque estivesse bêbada. Nem drogada. Mas porque eu ainda podia senti-lo em mim.
Ainda sentia o calor da boca dele no meu ouvido. A voz dele serpenteando pela minha espinha como fumaça.
Tasha estava em algum lugar lá fora. Talvez com aqueles caras. Talvez me procurando. Talvez nem soubesse o que tinha acontecido.
Mas nada disso importava.
Tudo em que eu conseguia focar era a dor aguda e latejante entre minhas coxas.
Minha calcinha estava arruinada.
Molhada. Totalmente encharcada.
Grudada em mim como um lembrete úmido e vergonhoso do que eu era agora. A cada passo, eu sentia. O toque. O cheiro. A humilhação.
O cio de uma Ômega era um mito. Achava que talvez não fosse pra mim.
Até esta noite.
Porra.
Tropecei pelo corredor, e cada movimento só fazia piorar.
Minha pele formigava. Meus mamilos doíam de tão rígidos.
E a minha buceta... Deus, a minha buceta queimava.
As coxas escorregavam uma contra a outra, tão úmidas que já não dava pra fingir que e