Porque eu ainda não terminei.
— Quer saber o que eu tinha que você não tinha? — Indaguei, inclinando a cabeça como se estivesse prestes a dar conselhos de skincare. — Eu tinha as mãos dele no meu corpo. Eu tinha o cheiro dele na minha pele. Eu tinha a voz dele no meu ouvido quando ele me chamava de kitten e mandava eu abrir mais. Eu tinha os hematomas nos meus quadris da última vez que ele me deu o nó tão fundo que eu soluçava no travesseiro e implorava para ele não parar.
Eu sentia a respiração de Damon atrás de mim.
E mesmo assim?
Ele não me soltou.
— Eu não precisei implorar — Proferi, mais suave agora, mais lenta, como se explicasse algo para uma criança incapaz de entender a realidade do momento. — Eu não precisei chorar ou suplicar ou cheirar porra de pó na palma da mão como se fosse a sua única esperança. Ele me quis. Assim mesmo. Chorando. Necessitada. Em cio e escorrendo por ele. E ele não desviou o olhar nem por um instante.
A boca de Camilla abriu.
Mas nenhuma palavra saiu.