A raposa...
Amélia Alder Silver
– Nós precisamos conversar. Uma conversa que não pode ser pelo celular e não pode esperar – digo de uma forma bem decidida e não há espaço para questionamentos na minha voz.
Passei a manhã toda pensando nisso e estou convencida de que é o melhor para nós dois. Não aguento mais essa situação.
– John, poderia nos deixar a sós? – Maximus pede ao perceber que estou falando sério e John se despede com um aceno.
– Tranque a porta – peço e ele arqueia a sobrancelha. – Não quero que ninguém entre e nos interrompa – explico.
Em silêncio e com desenvoltura, Maximus vai até a porta e aperta em vários botões, fazendo algo que eu definitivamente desconheço muito, mas que fecha a porta. Ao vê-lo assim, eu tenho um dejavu do dia que nós conhecemos e o meu dia caiu.
Quem diria que eu me casaria mesmo com ele depois de ouvir sobre aquele contrato absurdo. O ditado é certo “nunca cuspa para cima, pois pode cair no seu rosto”.
– Certo, a porta está trancada. O que você… – empurro pa