25. Aquilo Que Não Se Diz
Caroline Hart
Acordei com a respiração presa na garganta. Meus sentidos estavam voltando aos poucos.
O teto acima de mim não era mais o da floresta. Nem o céu nublado, nem a morte.
Era o meu quarto naquela mansão.
A luz suave do abajur criava sombras nas paredes, e por um segundo, não soube se o que eu lembrava havia mesmo acontecido — ou se tinha sido apenas mais um pesadelo daqueles que vinham me assombrando desde que cheguei aqui.
Então meu corpo doeu.
Olhei para os lados, tentando entender o que havia acontecido.
Os meus braços estavam ralados, as pernas com pequenos cortes, e havia um curativo improvisado no meu tornozelo.
Eu me mexi devagar tentando me levantar.
O lençol cheirava a lavanda e álcool. E algo mais. Algo masculino. Familiar.
Damon.
Pisquei várias vezes, o coração acelerando, a mente tentando organizar os pedaços quebrados. O vulto entre as árvores.
Os olhos dourados.
O rosnado.
A criatura que se colocou entre mim e o outro animal. Que lutou por mim.
Que… me olhou c