Capítulo 43
O frio da manhã arrepiava a pele de Helena enquanto ela caminhava para longe do acampamento, buscando ar, buscando clareza.
Erik dormia profundamente na tenda improvisada, alheio ao turbilhão que se passava dentro dela.
O peso do sonho ainda pressionava seu peito como uma mão invisível.
Um sacrifício.
Essas palavras ecoavam em sua mente, dilacerando qualquer tentativa de encontrar paz. Ela olhou para a própria mão, como se esperasse encontrar alguma resposta gravada ali, mas tudo que viu foram seus dedos trêmulos, apertando o manto que vestia.
Se libertá-lo, ele nunca se lembrará de mim…
Como poderia tomar essa decisão? Como poderia olhar para Erik e aceitar que um dia ele não teria nenhuma lembrança de tudo o que haviam vivido?
Seus pensamentos eram um caos, um emaranhado de dúvidas e dor. Precisava de ar, precisava sair dali, mesmo que fosse por poucos minutos.
Sem fazer barulho, ela se afastou do acampamento.
O vento frio tocou seu rosto, como dedos gélidos tentando af