O som das folhas secas sob os pés de Lis e Matthew era o único ruído que quebrava o silêncio da floresta. Depois do confronto com os guardiões, a tensão pairava como uma nuvem espessa entre eles. Matthew, sempre vigilante, andava com as mãos perto das lâminas que carregava na cintura, enquanto Lis mantinha o artefato escondido sob o manto, sua luz pulsante ocasional visível apenas nos momentos mais sombrios da trilha.
— Eles vão voltar, você sabe disso, — disse Matthew, sua voz grave, mas calma.
— Eu sei. Mas o que realmente me preocupa é o que eles sabem que nós não sabemos, — respondeu Lis, franzindo a testa. — Se eles têm tanto medo do que posso me tornar, talvez devêssemos temer também.
Matthew parou, segurando-a pelo braço para que ela fizesse o mesmo.
— Ei, não deixe que eles plantem dúvida na sua mente. Você é mais forte do que isso. E não está sozinha.
Lis o olhou nos olhos, encontrando o conforto e a força que sempre encontrava nele.
— Eu sei. Mas não podemos ignorar que talv