A jornada os levou a um território onde o ar parecia diferente — mais denso, como se carregasse séculos de segredos e poder. Lis e Matthew caminhavam lado a lado, agora em silêncio, ambos imersos em seus próprios pensamentos. O artefato pulsava no pescoço de Lis, como um coração que seguia um ritmo estranho, diferente do dela.
O vale que se abria diante deles era cercado por montanhas de pedra negra, com florestas tão densas que o sol mal conseguia atravessar as copas das árvores. Um rio sinuoso cortava o local, refletindo um brilho prateado que parecia artificial. Lis sentia que estavam se aproximando do destino, mas, com cada passo, a sensação de perigo crescia.
— Você sente isso? — Lis perguntou, olhando para Matthew.
— Sim. É como se o próprio ar estivesse vivo. Algo está nos observando.
Shadow e Rose, os lobos internos do casal, estavam inquietos. Eles não se comunicavam em palavras, mas seus instintos eram claros: a floresta não era segura.
Depois de horas caminhando, os dois fi