CAPÍTULO 36

MARCO POLO

Colocar os pés em casa me dá uma paz que se instala em mim, eu me mexo devagar pelo apartamento e me aproximo do sofá e me sento, vendo Alex caminhar em silêncio e me acompanhar.

- Quer alguma coisa? - Balanço a cabeça. - Você ficou calado o caminho inteiro.

- Estou bem, não se preocupe - Volto a me levantar. - Na verdade eu preciso sim de algo, vem comigo - Me mexo devagar até entrar no escritório, indo até o armário e puxando papel atrás de papel, até ter uma pilha em mãos e ir para mesa, puxando a lata de lixo de debaixo da mesa e colocando sobre a mesa de madeira.

- Marco? - Eu abro a primeira gaveta, pegando cada caixinha ou cada cartela ou comprimido solto que eu encontro, levando tudo pro lixo. - Esta...

- Me livrando disso, chega, eu sou isso - Minha voz sai baixa, quando termino eu encaro a lixeira sobre minha mesa. - Nunca cheguei a usar isso, não tenho a necessidade de estocar isso, é inútil.

Alex dá a volta na mesa e se apro

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