MARCADA POR EL DESTINO

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Última actualización: 2025-03-19
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Resumen
Índice

Isabela, una joven de 19 años, se ve atrapada en un matrimonio arreglado con Gabriel Montenegro, un hombre de 23 años, fuerte, dominante y lleno de oscuras pasiones. Aunque ambos son reacios a esta unión, las circunstancias los empujan a convivir juntos, desatando una atracción mutua que parece incontrolable. Gabriel, obsesionado con tener el control, lucha contra los sentimientos profundos que surgen por Isabela, mientras que ella, inmersa en su propia lucha interna, se siente atrapada entre el amor y la desesperación. A medida que la relación entre ellos se complica, Isabela se encuentra en un romance secreto con Daniel, hasta que un día, en un encuentro íntimo, su grito de pasión por Gabriel desencadena una serie de eventos que cambiarán su vida para siempre. Secuestrada por los hombres de Gabriel, Isabela se enfrenta a su propia vulnerabilidad y a la fuerza imparable de sus deseos. A pesar de las traiciones y las luchas internas, Gabriel descubre que lo que siente por Isabela va más allá de la dominación; es un amor profundo que lo consume. Pero el destino parece jugar en su contra cuando Isabela, tras un trágico accidente, queda en coma, dejando a Gabriel devastado y sumido en un profundo arrepentimiento. Gabriel marcará el inicio de una nueva etapa, llena de desafíos, reconciliaciones y una fuerza renovada en su relación. Ambos deberán aprender a vivir y a convivir como familia, enfrentando las amenazas externas que amenazan con destruir lo que han comenzado a construir. "Marcada por el Destino" es una historia de amor apasionada y compleja, que explora el poder de la dominación, la redención y la construcción de una familia, mientras los protagonistas luchan por superar sus propios demonios y encontrar su lugar en un mundo lleno de traiciones, secretos y pasiones desbordadas.

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Capítulo 1

La noticia inesperada

Rio de janeiro, 20 de abril de 2014.

__ PARA PAPAI, O SENHOR TÁ ME MACHUCANDO. __Grito tentando o fazer parar de me bater.

Eu não sei o que fiz para ele me castigar dessa forma.

Na verdade, nem sei o que fiz para ter um pai feito ele.

Desumano, mau, um monstro.

__ Te machucar sua ingrata? Eu devia era lhe espancar até a morte sua idiota. __ Ele diz batendo em meu rosto com seu cinto.

Por sorte não sangrou, mas doeu e muito.

Eu tentava não chorar, mas minhas tentativas nunca davam certo.

__ Você estragou tudo, assim como a sua mãe idiota. Duas insuportáveis, pior decisão que tomei foi seduzir aquela imprestável da Eloisa. Acreditei que iria me dá bem, mas me ferrei por sua causa. __ Apontou o dedo para minha face irritado. __ Ganhei uma deserdada e uma fedelha de quebra. Vida injusta. __ Ele reclama.

__O senhor queria que eu dormisse com aquele homem repugnante. __ Digo em meio às lágrimas, ignorando os insultos dele.

__ É só uma transa Elisa, eu ia ganhar um dinheiro alto com isso. O velho ia tirar sua virgindade e em troca, eu sairia dessa vida imunda.

__ Eu não quero...

__ Você não tem que querer, você me pertence.

__ Eu já tenho dezoito anos, tenho liberdade.

__ Você não ouse fugi de mim menina, eu vou atrás de você onde for, vou trepar com seu corpo até você sangrar e depois te mato. E quem vai sentir a sua falta?

A Kátia. Penso.

__ Co... como pode fa... Fazer isso? O senhor... É o meu pai. __ Declaro entristecida.

O choro silencioso virou um choro convulsivo.

Eu odiava a minha vida. Tenho sofrido essas agressões diariamente. A verdade é que eu não entendo o porquê o meu próprio pai tem agido assim comigo.

__ Trate de esconder esses machucados, amanhã você só vai sair desse quarto quando foder aquele velho. __ Ele ordenou sem paciência.

Antes de sair de meu quarto dá uma tapa em minha cara de aviso me fazendo ir ao chão outra vez.

Comecei a chorar de angústia, meu corpo doía pela surra que meu pai havia me dado a pouco.

O medo tomou conta de meu corpo e de minha mente.

O que eu vou fazer meu Deus? Não posso ficar mais aqui.

Levantei do chão com dificuldade, respirando fundo.

Afastei a cômoda da parede e tateei o buraco que fica atrás da mesma, em busca do celular que Kátia me deu. Pego o celular e coloco a cômoda no lugar. Vou à discagem rápida apertando o nome de Kátia.

O celular chama três vezes antes da mesma atender.

__ Amiga, até que fim uma notícia sua, faz três dias, três dias que tento falar com você. __ Kátia diz aparentando está chateada.

__ Kátia...

__ Elisa? O que foi? O que aquele monstro fez dessa vez? _ Sua chateação é substituída pela preocupação e a raiva.

__ Me ajude Kátia. __ Peço voltando a chorar outra vez. __ Ele quer que eu faça sexo com um velho em troca de dinheiro, se eu não fizer, ele vai me estuprar e me matar. Eu não posso mais ficar aqui. __ Completo com desespero.

__ Calma amiga, eu vou te ajudar. Arrume suas coisas, pegue só o necessário, tranque a porta de seu quarto e saia pela janela, vou estar a vinte minutos aí, vou com meu pai, caso o monstro te veja fugi, nos espere na esquina de sempre. __ Avisou apressada.

__ Certo, amiga, obrigada por me ajudar.

__ Não precisa agradecer deusa, eu te amo e farei sempre o possível e o impossível para te ajudar.

__ Eu... Eu sou muito grata em Deus ter colocado você e sua família no meu caminho e no caminho de minha mãe. Te amo Kátia.

__ Eu sei minha linda. __ Ela respondeu com voz de choro. __ Agora vai arrumar suas coisas. __ Completou com ternura.

__ Certo! Até logo! 

Desligamos e eu fui arrumar minha bolsa. Mas antes fechei a porta de meu quarto. Não quero que o monstro apareça de repente e volte a me machucar.

É assim que eu e Kátia o chamamos quando estamos sozinhas.

Em cinco minutos, arrumo minhas coisas. Pego algumas mudas de roupas, a foto de mamãe, as joias que foram dela que escondo com o celular que Kátia me deu, atrás da cômoda, se não o velho pega tudo para vender outra vez, só me restaram um par de brincos de perola, um anel de formatura de ouro e uma corrente de ouro com um pingente de uma bailarina. É tudo que me restou de mamãe.

Calço o tênis e abro a janela com cuidado para não fazer barulho.

Jogo pela janela a bolsa de mão, na cor vermelha que pertencia à mamãe também. Em seguida foi à minha vez.

Consegui sair sem fazer barulho algum.

Respirei aliviada, pois uma etapa já havia se passado.

Corri o mais rápido que pude até a esquina que ficava a uns trinta metros de minha casa.

Moro no bairro de Santa Teresa que fica entre a zona sul e a região central da cidade do Rio de Janeiro. É um bairro cultural, pitoresco, com arquitetura histórica e que todo ano atrai milhares de pessoas, mas sofremos com o aumento da violência, por mais que o índice de morte seja menor que os outros bairros.

Moro na rua Paschoal Carlos Magno, uma rua muito bonita, mas a minha casa está caindo aos pedaços, odeio morar lá, odeio a minha vida.

Olhei no relógio do celular e havia se passado quinze minutos que eu falara com Kátia ao celular.

Cheguei na esquina e fiquei no beco de uma casa, tentando me ocultar caso o monstro de meu pai viesse atrás de mim.

Cinco minutos depois observo o carro do pai de Kátia chegando.

Corro até o carro e entro me acomodando no banco dos fundos, onde Kátia me esperava de braços abertos. A abracei chorando em seu ombro.

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