Sísifo destruído se arrastava para casa. O menino que andava olhando para o céu, passou a olhar para frente em linha reta e agora só sabe caminhar olhando para o chão, visualizando seus pés. Quase tromba com um carro parado porque não conseguiu vê-lo cinco metros à frente. Seus pensamentos perturbando seu raciocínio. Olhos lagrimejando, coração cortado. Não sabia se chorava pela humilhação que sofrera ao ver a menina que estava a amar nos braços de outro. E o pior, ele tinha consciência que ela havia sido usada para destruí-lo, moral e psicologicamente.
Caminhando, rangendo os dentes a ponto de até morder a língua, punhos enrijecidos, tremendo o corpo todo. Sua mente trabalhava o mais rápido possível, uma confusão de pensamentos. Da tristeza e humilhação passou imediatamente para raiva e ódio.
Quase chegando em casa, vozes familiares convocam sua atenção.
─ Ei, Sísifo, vem aqui. ─ gritou o “Outro”.
─ É, Sísifo, precisam