DAVINA
Desci as escadas devagar, sentindo o frio do corrimão sob meus dedos. Cada passo ecoava dentro de mim como um tambor acelerado, impulsionado pela ansiedade e pelo receio. Meia-noite ainda estava no banho, e Aaron finalmente desistira de esmurrar a porta para descobrir o que estava acontecendo. Agora, tudo o que restava era encarar os meus homens.
Eles ainda eram meus? Esperaram por mim? Sentiram minha falta?
Gutemberg garantiu que sim, mas não confiava plenamente nele. O tempo que passei longe pareceu uma eternidade. E o pior? Eu e Timmy havíamos brigado antes do meu desaparecimento. O motivo? Nem me lembrava mais, porque deixou de ser importante quando me vi sozinha sem nenhum deles. Parecia algo insignificante diante do que vivi, da saudade que me consumia.
Tudo o que eu queria agora era um abraço.
A cada degrau que descia, mais calto ficava o burburinho de vozes. Uma em especial se destacou, grave e inconfundível. Gutemberg. Outra, carregada de sarcasmo e irritação, confirmo