Resolvi todos os trâmites da minha herança, eu queria deixar isso pra lá, mas Ever disse que eu tinha mais direito que qualquer um deles e acabei aceitando, a carta do meu ainda está em cima da mesinha, tenho muito medo de abrir a carta e ler o que meu pai escreveu, hoje é o nosso penúltimo dia aqui e chamei Everlly para irmos a uma boate e ela logo se animou.
Já a caminho da balada minha amiga estava conversando com alguém pelo celular e sabia muito bem quem era, Everlly tentava disfarçar a risada.
— Avisa ai seu namorado para te enviar mensagem depois, pois chegamos – ela me encarou por alguns segundos e revirou os olhos.
— Credo! Jefferson não é meu namorado, sim, meu perseguidor.
— E você bem que gosta, sua safada. – Nós dois rimos.
— A minha pomba-gira, não me deixa em paz.
— Sei.
O salva-vida nos encarava pelo retrovisor e balançava a cabeça, acho que ele pensa que somos loucos, mas que não pensa. O celular de Ever começou a tocar e quando ela me mostrou o visor vi o nome