Eliz
Pude observar as emoções passando pela máscara que, até então, era fria.
Incrédulidade.
Incerteza.
Decepção.
Raiva.
— Você tem certeza disso, Eliz?
Ele se levantou; os punhos cerrados, os nós dos dedos brancos.
— Tenho, sim. Para ela fazer isso, teve algum motivo — falei com a firmeza de quem conviveu com muitas lobas intimidadas. — Só um cego não perceberia que ela ainda te ama.
Arqueei uma sobrancelha.
— Ela é uma fada de fogo; poucas coisas a atingiriam. — Os olhos dele se encheram de pura raiva. Segurei seu pulso quando tentou sair do quarto. Antes que a impulsividade o levasse a tomar uma decisão prejudicial.
— E se o alvo fosse você? Se ela te amasse ao ponto de querer te proteger... você mesmo disse que, na época, não era tão forte. Não era o Senhor do Fogo, não era um ancião do Conselho Sobrenatural.
Minha pergunta fez algum efeito: ele parou, a respiração entrecortada.
— E se ela estiver protegendo o seu filhote? — coloquei as duas mãos sobre a b