Eliz
As imagens grudaram na minha cabeça: os sorrisos, os passeios, Kaia de camisola no alto da escadaria — ele sorria com ela.
Comigo era tudo brutalidade; achei que esse fosse o jeito dele, poi eu quase não tinha seu afeto. Nunca tive.
Estacionei o carro, passei direto pelos meus pais — que me olharam como se tivessem avistado um fantasma — e fui para a cozinha. Peguei as cervejas e subi para o meu quarto.
Sentei-me com o vestido delicado e a lingerie que Mika me tinha dado; coloquei as garrafas ao lado e comecei a descarregar minha raiva.
Em algum momento Adam chegou, trazendo o cheiro da vira-latas — Kaia — mas hoje isso não importava.
Por que me negar ao que ele vinha oferecendo? Retirei a toalha para apreciar a obra de arte que Selene havia feito para mim.
— Eliz...— levantei o dedo indicador e o balancei em negativa, com um som de negativa estalando a língua— eu não quero sentir o cheiro daquela cadela.
Apontei a direção do banheiro.
Ele voltou querendo con