Quando todos partiram do chalé, já era noite, e a volta para casa foi rápida, com o trânsito tranquilo. Assim que Dante estacionou o carro para dar entrada na garagem, um dos seguranças avisou que havia chegado mais uma encomenda para Flor. Era o segundo presente do dia.
Dante e Flor sabiam exatamente de quem era. Ele pegou a caixa — delicada e leve — enquanto Flor carregava Fiorella no colo. A menina dormia profundamente, e Flor já sabia que ela ficaria acordada até tarde da noite, pois havia dormido durante toda a estrada no retorno para casa.
Subindo as escadas, com Dante carregando as bolsas e a caixa de presente, Flor parou no topo e, sem nem se virar, deu o ultimato:
— Se subir com essa caixa para o nosso quarto, você vai dormir no quarto de hóspedes por uma semana. E mais: eu vou sair para beber com Bia e Rafa.
— Isso não, amor.
Ela se virou e o encarou com um olhar ameaçador:
— Então, não ouse subir com o presente desse cretino para o nosso quarto.
Dante sabia que não valia a