Lady Katherine
Lady Katherine
Por: L.G.Coelho
Prólogo - Maio de 1604

Prólogo

"Para aqueles que se esqueceram de uma magia que não há amor e não estão juntos. Para poder aprender a amar um pouco mais a cada dia que se passa."

- LG Coelho -

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"Katherine Ashton Kutcher Violência"

' Maio de 1604 - Veneza - Itália '

Ando calmamente pelos corredores escuros da mansão de Azzurro, tenho em minhas mãos apenas o castiçal com cinco velas já em seu fim, em meu corpo a camisola branca de tecido sedoso encoberta por um roupão felpudo, vesti isso para me deixar sensual ou talvez até meiga se parar para olhar a cor, com apenas o roupão para tampar-me dos ventos frios caminho vagarosamente ate que chego a grande porta de mogno a única do corredor com adereços em Ouro e Prata, aqui é meu destino o quarto do filho do grã Duque , um homem encantador, cheio de vida e que nunca me olhou como olhou e ainda olho para ele, me entregarei a esse homem sem que ninguém me impeça ou me detenha.

Empurro levemente a porta para que não faça barulho e alerte os empregados ou guardas que patrulham a área de tempos em tempos, entro no quarto na ponta dos pés e coloco o castiçal ao lado de fora da porta apagando as velas, me vejo em um quarto grande escuro, com a morte sendo iluminada apenas pela luz da lua que entra pelas grandes janelas abertas, a cama ao centro do quarto tem grandes cortinas em voltas puxadas ao teto que balançam com a brisa leve da noite, o piano negro perto das janelas brilha com uma imagem da lua estampada nele, ao lado de fora onde se encontra a sacada tem uma mesa redonda e duas cadeiras, esqueço por um minuto onde estou observando e absorvendo cada detalhe.

Me viro vendo uma grande mesa na outra extremidade do quarto, andando até ela devagar perdida em pensamentos, abaixo o olhar e vejo os vários papéis uma mistura de escritas e desenhos que há na mesa, a esquerda da grande mesa tem uma caneta e vários outros documentos para revisar, dou a volta na mesa me sentando na poltrona macia e sentido seu cheiro gostoso, escuto filhos de passos vindo do espaço ao lado que deve ser uma área de banho e me assusto, ou mais rápido que pode me levar dirigindo a cama me escondendo entre os lençóis, me pego observando mais detalhadamente suas curvas enquanto o mesmo seca os cabelos molhados, aguardo ansiosamente que venha até a cama e me veja aqui.

Espero por alguns instantes, vejo o mesmo olhar para fora em transe e um sorriso torro nascer em seus lábios, balança a cabeça de leve saindo de seu transe olhando para a janela, está apenas em roupas de baixo deixando seu corpo definido e cheio de cicatrizes a mostra, isso me faz perder o ar por uns segundos, seus olhos verdes brilhantes, seus planos definidos aqui parecem tão macios, seus cabelos castanhos e bem cortados que mesmo assim lhe cai sobre os olhos, seu abdômen bem definido tem várias dobrinhas e eu faz arfar, a pele bonita num bronzeado lindo que me faz sentir meu coração acelerar.

Espero que ele me encontre mesmo com o medo de me consumir, tenho medo de que me rejeite ou me odeie após isso, mas mesmo assim não fugirei recuar. Ele se vira de frente para a cama e me encolho sentindo que seus olhos vão me encontrar, assim que levanto meus olhos e os seus se encontram com os meus, ele analisa tudo na cama ao me ver em meio aos lençóis vejo sua boca abrir em descrença ele até mesmo balança de leve a cabeça, parece achar que não é real o que vê diante dele, vem lentamente até a cama e chega perto de mim erguendo o braço e levando a mão ao meu rosto.

–O que faz aqui? -pergunta se sentando na beira da cama com a mão ainda em meu rosto, olho em seus olhos sem dizer nada sorrio minimamente e abro o roupão revelando minha camisola branca com rendas.

–Não me faça perguntas, só venha até mim. -sem esperar resposta crio coragem indo até ele me sentando em seu colo o abraçando pelo pescoço, estou com medo mas respiro fundo fechando os olhos e vou de encontro com seus lábios, o medo ainda me causa um frio inquietante na barriga, mas mesmo assim sigo em frente e quando sinto o toque de seus lábios nos meus, meu corpo antes tenso pelo medo e ansiedade relaxa por não ter sido rejeitada por ele.

Sinto seus braços envolvemem minha cintura em um aperto forte, o beijo começa devagar, suas mãos vão acariciando minhas costas e que começou calmo se torna profundo enquanto suas mãos viajam pelo meu corpo debaixo da camisola fina. Ele se vira por cima de mim me deitando na cama colando seu corpo no meu por cima de mim sem interromper o beijo, continuamos assim por um tempo, entre carícias e beijos, como cúmplices de um crime em perfeita harmonia.

Estou me entregando a ele sem saber o que pode vir a acontecer amanhã, se esse for meu fim estou mais que satisfeito por me entregar ao meu grande amor e saber que isso não vai ser em vão. Hoje farei tudo que quero com ele, para que no futuro não venha me arrepender por ter perdido essa oportunidade mesmo que depois eu venha a me sentir mal por enganar meus pais e família, quero hoje apenas amá-lo e ser amada por ele.

–Tem certeza que quer continuar com isso? -escuto sussurrar ao pé do meu ouvido, sua voz está rouca e cheia de desejo, respiro fundo sentindo o arrepio bom que sobe pelo meu corpo, mesmo se for uma coisa errada a se fazer, estou certo que quero fazer isso com ele agora.

–Sim, quero continuar. -falo quase como um sussurro tocado ao vento, ao ouvir isso ele me coloca novamente sentado em seu colo e começa a me despir lentamente, a camisola cai ao meu redor e ele me olha devorando-me com os olhos verdes brilhando em luxúria.

–Linda... -escuto e suspiro ao sentir seu toque em minha pele, cada vez que sinto sua pele tocar a minha parece que um fogo atinge o lugar e me faz ficar cada vez mais desesperado pelo seu toque.

–A cada vez que te olho, mas linda parece. -ele continua a falar coisas doces, sua voz baixa e rouca me deixa perdida em desejo, quero ele para todo sempre mas mesmo que isso não aconteça, quero saber que pelo menos o agora é real e que isso vai acontecer independente do amanhã.

–Alan. -olho em seus olhos verdes e passo a mão pelo seu rosto que parece brilhar recebendo a luz da lua. –Beije-me.

Seus lábios tocam os meus e sinto minha ansiedade sumir, isso é real, ele é real, esse momento é real, pelo menos agora me permitindo sentir esse sentimento louco que vem me consumindo de pouco a pouco. Mesmo que seja real, mesmo que eu queira que dure para sempre isso vai acabar assim que o sol nascer e o galo cantar ao primeiro horário do dia, assim como a lua some passagem dando ficar ao sol, esse momento irá apenas em minha memória, como uma lembrança de quando me entreguei de todo coração ao meu grande amor com paixão que queima.

Sinto as lágrimas escorrendo ao sentir a dor de me entregar a ele, escuto suas palavras enquanto as lágrimas continuam a cair pelo meu rosto, mas não são lágrimas de dor carnal, mas sim de uma dor em meu peito, uma dor que seiá demorará para passar, a dor da despedida ardente que mata meu coração aos poucos.

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