Luiza narrando:
Um mês depois...
Todas as meninas estava aproveitando o tempo livre para arrumar o quarto coletivo, dormimos em colchonetes e as nossas roupas ficavam dentro de malas, tinha uma pequena cozinha no final do quarto.
A porta se abre com tudo e entra Carla carregando Samara com ela e vários seguranças ali com eles.
- Boa tarde meninas - Carla fala.
- Samara - eu falo olhando para ela.
- Aqui está uma traidora - ela j**a Samara no chão e ela chorava sem parar -, tentou fugir hoje enquanto ia fazer um exame e o que acontece com quem foge? - ela pergunta e todas à encara -, VAMOS FALA O QUE ACONTECE!
- Sofre as consequências - todas nós repetimos.
- Isso mesmo, existe consequências para quem quebra as regras aqui e Samara quebrou uma delas.
- Por favor, não - Samara fala -, eu não irei fazer de novo.
- Não irá mesmo, dentro dessa injeção existe a dose perfeita para matar você Samara em uma overdose, será uma pena quando o seu corpo for encontrado em um bueiro qualquer com a seringa junto e a sua família receber essa notícia.
- Por favor, não, tenha piedade.
Eu me encolho assistindo a cena, uma lágrima desce vendo a Samara implorar pela vida.
- Segurem ela - Carla fala para os seguranças e três deles seguram a Samara e Carla se aproxima dela -, foi um prazer - ela aplica a seringa no pescoço da Samara e a mesma começa a espumar pela boca.
- Meu Deus - eu falo com a mão na boca e Carla me olha.
- Isso é o que acontece com quem tenta fugir, que isso fique de aviso para todas vocês aqui - ela anda olhando para todas e eu não conseguia tirar os olhos de Samara que estava tendo uma convulsão no chão - todas vocês podem ter o mundo aqui basta vocês quererem.
Os seguranças tiram o corpo da Samara pelos cabelos ali de dentro e eu abraço Marta chorando e ela chorava também, todas as meninas ficaram bastante chocadas com aquilo tudo.
Isso aqui era uma roleta russa, hoje estamos viva, amanhã só Deus sabe, eu só pedia a ele que me desse sabedoria e força para passar por tudo aqui e sobreviver a tudo isso.
- Luiza - Martinho o segurança me chama na porta e eu olho para ele -, se arruma e desce que estão te chamando na boate.
- Só um segundo.
- Você tem dez minutos.
- Marta, o que será que é?
- Deve ser algum cliente.
Meu corpo ainda tremia com tudo o que aconteceu.