Harper Ward
Um sorriso meio perverso cobriu os lábios daquele homem, recaindo sobre mim como uma bomba. Eu ainda nem tinha superado a porcaria do que ele havia feito comigo e agora ele estava aqui, na minha frente.
Ninguém é tão azarado assim.
— Quem mandou você, senhorita Harper?
— Não entendi a sua pergunta.
A forma predatória com que os olhos dele escanearam meu corpo, antes de ele avançar dois passos, me fez recuar. O que, é claro, foi um erro. Assim como nas cenas dos filmes, ele colocou a mão na parede e me encurralou, e isso me fez lembrar de uma cena bem específica que me fez rir.
— O que é engraçado? — O governador perguntou, olhando nos meus olhos como quem me viu nua, e adoraria ver de novo.
— Nada! — Me encolhi.
— Senhorita Harper, eu vou te dar um conselho, e me ouça com atenção, porque eu não sou o tipo de homem que faz isso todo dia. — A montanha de músculos se inclinou, e eu o senti roçando a barba por fazer no meu rosto, e então, numa calma precisa, ele encostou