Assim que passo pela porta sou abordado por Maria.
- Senhor, a moça já foi contratada, aqui está o curriculo dela - entrega-me um papel, nem me dou ao trabalho de olhar.
- Tudo bem Maria - digo ao devolver o papel a ela - só peça que fique fora do meu caminho - digo.
- Sim, claro.
- Vou só tomar um banho e já desço para o jantar.
- Sim.
Subo para meu quarto e já percebo algo diferente, a arrumação está diferente, não dou muita bola para isso, e sigo para o banheiro, levo um susto quando abro a porta e vejo uma bunda perfeitamente redonda de quatro praticamente dentro do armário de toalhas, preciso afrouxar a graveta com a visão.
A moça ainda me percebeu minha presença, preciso pigarrear para que ela ouça.
- Ai - diz ao bater a cabeça na porta, devido ao susto - caraca.
Levanta devagar com a mão na cabeça, só então me ver e se assusta ainda mais.
- Desculpe senhor - diz e abaixa a cabeça.
Passa por mim mais que depressa e acaba escorregando no tapete - sem querer acabo sorrindo.
- Ai jesus! - exclama.
Me aproximo e ela se encolhe, ajudo a levantar-se.
- Tenha mais cudado - aviso sério.
- Sim senhor - diz e já ia correr novamente.
- Não corra - digo alto.
- Sim senhor - a garota sai andando devagar.
Balanço a cabeça negativamente e me pergunto onde Maria achou a figura. Volto a rotina, tomo uma ducha um pouco demorada, ao sair coloco apenas uma bermuda e regata, estou em casa e gosto de estar a vontade. Desço para jantar e logo meus olhos vão para a nova funcionária que estava indo em direção a ala dos empregados.
- Maria e a nova funcionária? - pergunto ao me servir.
- Ela causou algum problema senhor? - pergunta preocupada.
- Não.
- Ah! - diz aliviada - ela se chama Valentina e é uma moça muito esforçada - diz.
Apenas balanço a cabela em concordância. Durante o jantar envio alguns e-mails, deixo tudo resolvido, pois amanhã é sábado e pretendo ficar em casa, estou precisando de uma folga, e uma boa foda. Ainda sem sono depois do jantar, vou andar pelo jardim, quando avisto uma sombra passando, a sigo e vejo que é Valentina, a observo, ela está falando com alguém no telefone.
- Para de ser doida, até parece - escuto a conversa, não sei o que a outra pessoa fala pois ela está de fone - Carol deixa de loucura garota - diz sorrir, e que sorriso, fico hipnotizado - agora me deixa dormir, hoje foi um dia muito constrangedor, até agora minha bunda dói... parar de rir... tô falando sério, fora o galo na cabeça, torcer para amanhã não tropeçar nas pernas - diz e gargalha - boa noite amiga, fica com Deus - diz ao desligar.
''Obrigada Senhor por nunca me abandonar, e colocar essas pessoas maravilhosas em minha vida''
Ouço sua oração e algo mexe comigo, Valentina ao se virar dá de cara comigo e se assusta dá um passo para trás e cai na piscina.
- Puta merda - ainda tento pegá-la, mas não consigo.
- Me ajuda - pede.
Pulo na piscina sem pensar e a ajudo colocando na beira.
- Como você é desastrada - digo.
- O senhor que me assustou - responde emburrada.
Realmente dessa vez foi minha culpa. Valentina me observa tirar a camiseta, j**a a cabeça para o lado e logo desvia o olhar quando a pego no flagra.
- Droga! - reclama - meu telefone já era - diz e sai andando resmungando - agora vou ter que gastar comprando outro.
O que Valentina não percebeu que sua roupa estava totalmente transparente, pude ver perfeitamente o biquinho rosado de seus seios perfeitamente redondos, cintura fina e quadris largos, para James! pode parar, digo a mim mesmo.
No dia seguinte, peço para comprarem outro telefone, já que foi minha culpa, com o telefone em mão peço para Maria trazer Valentina até o escritório, após duas batidas.
- Entre - autorizo e Valentina entra.
- Me chamou senhor?
- Sim - abro a gaveta e tiro o aparelho - outro aparelho celular, já que a culpa pelo susto foi minha - digo e ela olha para o aparelho.
- É um celular caro, não posso aceitar, e também posso comprar um celular baratinho - explica e vejo sinceridade em suas palavras.
- Ok - digo - pode ir.
Valentina sai e mesmo ela não querendo, chamo Maria e peço para ela deixar o aparelho no quarto de Valentina, vejo surpresa no olhar de Maria, porém ela não questiona. No final de semana dispenso os funcionários, inclusive Maria, a única que fica é Valentina, pois segundo Maria ela não tem para onde ir, apenas peço para ela se manter no quarto ou fora de vista.
Durante o dia inteiro não vejo Valentina, logo a noite chega e com ela Louise, uma acompanhante de luxo maravilhosa. Havia esquecido da existência de minha funcionária na casa, por isso começo o serviço na sala, jogo Louise no sofá, arrancando suas roupas, não havia percebido que a luz da cozinha estava acesa, Louise me chupa quando ouço um copo se quebrando.
Viro-me para a porta e lá está Valentina de olhos arregalados em Louise, seus olhos sobem e vão meu rosto, meus olhos escurecem, pois havia avisado que não queria vê-la pela casa, para justamente não acontecer o que está acontecendo agora.
- O que pensa que está fazendo? - digo entre dentes.
- Nada senhor - diz e se vira para sair correndo, e como já esperava alguma coisa acontece.
Valentina pisa no caco de vidro, o que essa garota faz descalça?
- Merdaaaa - diz quase chorando.
Coloco a bermuda, e a assusto quando a pego no colo e a coloco na bancada da cozinha.
- Garota você é muito sem noção - digo realmente bravo - deixa-me ver isso.
O pé sangra muito, indicando que o corte foi fundo, há um grande caco de vidro enterrado em seu pé. Amarro um pano, mas ela chora com dor.
- Vamos para um hospital agora - determino.
Valentina não fala nada, apenas choraminga, no minímo está doendo. Dispenso Louise, o que a deixa irrita, porém não ligo, apenas pago e peço para ir embora. Levo Valentina no colo até o carro, em nenhum momento ela me olha, também não nos falamos.
No hospital ela é atendida rapidamente, a acompanho, realmente o corte foi fundo, ela precisou levar pontos, o que a levou a chorar bastante, depois de quase uma hora, estamos liberados para casa, ela precisará de repouso por no minímo dez dias.
- Desculpa - Valentina pede chorando.
Apenas assinto.
Essa garota em poucos dias está mexendo com meu sistema, mas não posso me deixar levar, isso não pode acontecer.