16- acordada

A lembrança me atingiu como uma lâmina no peito. A porta trancada. A dor agonizante. O som do prazer deles enquanto eu jazia no chão frio, gritando por misericórdia. E então... escuridão.

Franzi a testa, cravando as unhas nas palmas das mãos. "Eles me deixaram lá", sussurrei, com a voz trêmula. "Eles me deixaram sofrer enquanto eles..." Minha respiração falhou e eu não consegui terminar a frase.

Minha mãe apertou minhas mãos com mais força, sua expressão escurecendo com uma raiva mal contida. "Sim", ela admitiu, com a voz trêmula. "Eles te deixaram lá, Olivia."

Minha loba ganiu na minha cabeça, mas eu a silenciei, me forçando a respirar apesar da dor que queimava meu peito. "E você?", perguntei, olhando para minha mãe. "Como você sabia?"

Ela suspirou, afastando uma mecha de cabelo do meu rosto. "O guarda me alertou. Quando cheguei, você estava queimando, se debatendo no sono, gritando de dor. -" Ela fechou os olhos, a dor passando pelo seu rosto. "Fiquei ao seu lado a noite toda. Você
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