Lá pelas uma da manhã, Gabriela voltou para casa. Barbara estava sentada no sofá, cabisbaixa. Sentiu pena dela. Passou direto para o banheiro, em silêncio. Estranhou que não ouviu nada pelo vestido ou recebeu um olhar torto. Ao sair do banho, viu a cunhada deitada na cama. Ela encarava o lado vazio onde Matheus devia estar dormindo.
— Foi mal pelo vestido. — Sentiu que precisava dizer. — Vou lavar e devolver.
Barbara a olhou surpresa por aquelas palavras. Aquelas sem dúvida foram as palavras mais educadas dirigidas a ela por Gabriela.
— Pode ficar com ele. Aliás... fique com todos que estão na primeira gaveta.
Foi a vez da Gabriela a olhar surpresa.
— Tem certeza?
— Tenho. Nada mais ali serve nessa barriga imensa.
— Hum. Valeu, então.
Barbara assentiu e ficou em silêncio. Levantou-se e foi até a cozinha. Iria comer alguma coisa. Quando chegou lá, cortou um grande pedaço do bolo de laranja que estava em cima da mesa e deu uma grande mordida. De repente, ela sentiu algo chutar a sua bar