Que CEO é esse?.

.." Será que eu morri no meio do caminho e agora estou no céu, ou melhor no paraíso?!

Um corpo todo tonificado, com água escorrendo pelo seu corpo, deixando- me de boca aberta.

— UAU.. - molho meus lábios antes de morder o lábio inferior — É enorme. - engulo em seco.

Ele me olha fixamente, sorri encantadoramente e sai de dentro da hidro, aproximando- se de mim.

Um sorriso de derreter calcinha.

— Você acha mesmo?

Atordoada e paralisada com a bela vista em minha frente, eu não consigo ouvir o que ele diz.

Ele, então, se aproxima ainda mais.

— Senhorita Grace?

Volto a si, com seu tom de voz firme chamando o meu nome.

— Ah, oi, senhor Price? - digo meia sem jeito.

— O que foi mesmo que você acabou de dizer? - pergunta franzindo as sobrancelhas.

— Ah, eu? - finjo não lembrar — Não, eu não disse nada, senhor.

— Sim, você disse sim. - rebate.

— E o que foi que eu disse, senhor? - indago ainda fingindo não lembrar.

— Você disse que ele é enorme. - olha para o  seu p**** rapidamente.

Automaticamente olho também, só que demorando um pouco mais.

— Você acha mesmo que ele é enorme?

Hrum.. hrum.. - pigarreio e cruzo meus braços, abraçando a mim mesmo.

Sinto uma tensão surgir.

— Você acha que o tamanho dele é bom?

Não consigo responder, então, aceno com a cabeça positivamente.

— Você está sendo sincera mesmo, porque minha noiva não acha. - olha-me descrente.

.." Isso não deveria ser o assunto da entrevista, mas ele parece estar com seu ego ferido. - o olho atentamente — Então o que me custa responder, não é?!

— Bom, senhor, se ela não acha, deve ser porque ela é lésbica. - digo sem olhar em seus olhos — Porque se o do meu marido fosse igual a esse, ele não teria sossego.

Ele começa a rir, me deixando sem graça.

— O que foi que você disse? - pergunta-me como se não tivesse ouvido novamente.

Desvio o olhar.

— Ah, nada não senhor, por favor esqueça. - desconverso — Só falando o que não devia de novo.

Sinto seus olhos percorrer todo o meu corpo. Algo que causa um arrepiou da cabeça aos pés.

— Ok, vou esquecer então.

O olho rapidamente e o vejo sorrindo.

— Obrigada. - agradeço.

Ainda sorrindo para mim, ele pisca maliciosamente e vai em direção a porta, pegando uma toalha e se enrolando nela.

Escondendo a perfeição da natureza para a minha tristeza.

— Você vem, senhorita Grace? - me pergunta abrindo a porta.

— Aonde senhor? - o olho receosa.

— No meu escritório, para podermos começar com a entrevista.

— Ah, sim, claro, senhor.

Vou em direção a porta e ele faz um gesto com a mão para eu ir primeiro.

— Obrigada. - agradeço a gentileza.

Já no corredor, ele caminha sentido a sala de visita e eu o sigo.

Parando duas portas antes e a abrindo.

— Entre. - faz um gesto com a mão.

— Tá bom.

Eu entro na frente e ele me segui bem atrás.

Tão próximo que sinto um calafrio percorrer todo o meu corpo, como se a mão dele estivesse tentando tocar o meu corpo, mas eu não me atrevo a olhar para trás.

— Bonito escritório, senhor Price. - elogio — O senhor tem um gosto excepcional.

— Obrigada. - sorri — Sente-se.

— Ah, claro, obrigada. - obedeço de imediato.

Ele, então, senta- se em sua cadeira, de frente para mim.

— O senhor não prefere se trocar primeiro, senhor Price? - pergunto gentilmente — Eu não me importo de esperar.

— Não, eu me sinto bem a vontade assim.

Seu olhar é tão penetrando que eu preciso desviar os meus.

— Então, senhorita Grace, quantos anos tem mesmo?

— 26, senhor.

— Nossa, nova, não é?

— Ah, sei lá, eu não me considero tão nova assim.

Me olha atentamente, como se estivesse tentando me decifrar, ler a minha mente.

— Casada?

— Sim, está no meu curriculum e eu disse agora a pouco lá na hidro.

— Ah, verdade, eu peço desculpa.

Olhei confusa e sem entender.

— Desculpa pelo que, senhor? - indago.

— Por ter lhe chamado de senhorita, quanto na verdade, devo lhe chamar de senhora, já que você é casada.

— Não, por favor senhor, não faça isso. - peço gentilmente — Eu não quero me sentir uma velha.

Ele começa a rir do que eu disse.

— Ok, como quiser, 'senhorita'.

Apesar do tom de sarcasmo, seu sorriso é divino.

— E a quanto tempo é casada, senhorita Grace?

— Há 3 anos, senhor.

— Hum.. - ele coloca os dois braços em cima da mesa e se aproxima um pouco mais — E como é o seu casamento?

O olho suspeitando, achando um pouco estranho a pergunta dele.

— Mas isso tem alguma relevância com a vaga de trabalho em sua casa, senhor? - pergunto desconfiada.

— Em partes, sim.

— E quais partes seriam, senhor?

— Bom, as vezes, se um casamento está em crise, por exemplo; Ele acaba influenciando no desenvolvimento do trabalho. - explicou — Ahm, supondo que hoje você chegue na sua casa e brigue feio com o seu marido, por qualquer motivo que seja, amanhã se você tiver ânimo para se levantar da cama, a sua cabeça vai estar transtornada, seu corpo vai estar desgastado, você estará totalmente sem ânimo e desatenta para fazer as coisas que precisaram ser feitas aqui, dando me motivo para dispensá-la, entendeu? - olha- me atentamente.

Eu hesito antes de responder.

.." Será que devo dizer a ele que meu casamento já está em crise a pelo menos um ano? E que não tem um dia que não brigamos?.

Minha cabeça pira em pensamentos por alguns segundos, até eu ouvir o meu nome na boca dele outra vez.

— Você entendeu, senhorita Grace?

— Sim, senhor Price. - confirmo — Eu entendi perfeitamente bem.

— E então? - olha-me fixamente a espera de minha resposta.

.." Acho meio estranho ele querer saber sobre a minha vida pessoal, mas se ele quer saber eu lhe direi então.

Suspiro fundo e respondo.

— Bem senhor, eu tenho sim, crises em meu casamento. Afinal já estamos juntos há mais de 3 anos. - explico- lhe detalhadamente — São mais ou menos quatro de namoro e três de casados, então, eu estaria mentindo se lhe dissesse que não há nenhuma crise entre nós dois e que meu casamento ainda é maravilhosamente estável.

Ele suspira, encosta no encosto da cadeira e fica me olhando atentamente.

— Mas não que a culpa seja só minha, senhor. 70% dela se atribui ao meu marido.

— Nossa, e porque essa porcentagem toda seria somente dele?

Sinto que ele já quer saber demais da minha pessoal, mas na curiosidade de saber por qual motivo lhe desperta tanto interesse, eu continuo a responder as suas perguntas.

— Bom, porque já no começo do casamento o motivo das nossas brigas eram o ciúmes exagerado, as cobranças de eu ser um pouco imatura como esposa, de eu não querer ter filhos, ... . Já depois, as brigas passaram a ser por causa de tradições, das noites em bares com os amigos, futebol com os amigos três vezes na semana, sua falta de vontade de querer arrumar um emprego e crescer na vida, ... . - fico cabisbaixa.

— Você não quer ter filhos, senhorita Grace. - olha-me curioso.

— Não nesse momento e nem com o marido que tenho. - respondo sem hesitar.

— Hum.. - roça sua barba rala — E as traições eram por parte de quem?

Nem hesito em responder.

— Dele, é claro. - digo firmemente — Eu penso que se seu casamento não está dando certo, ao invés de trair é mais fácil se separar e procurar outra pessoa, o senhor não concorda?

Ele me olha admirado.

— Com certeza. - concorda.

Nós, então, ficamos em silêncio por alguns segundos.

— E você, o perdoou pelas tradições?

— Não, eu apenas aceitei. Afinal hoje em dia quem é que não trai, não é?

Ele se aproxima da mesa e me olha com seus olhares penetrantes e enigmáticos.

— É, verdade, eu concordo com você, mas não acho que foi o certo a se fazer com uma mulher tão linda e interessante como você.

Desvio o olhar do dele, sentindo que fiquei vermelha de vergonha.

— Obrigada, senhor Price. - esfrego uma mão na outra sentindo- me tensa.

— Só disse a verdade.

Volto a olha- ló e vejo um sorriso meigo e perfeito em seu rosto.

— Fuma, bebe, algum problema de saúde, pratica algum tipo de esporte, ... ?

Suspiro aliviada por não ser alguma pergunta relacionada a minha vida sexual.

— Não senhor, não fumo, bebo só socialmente, saudável como um touro e amo caminhar e correr no parque.

— Hum,.. legal.

Ri de um jeito gostoso de ouvir.

— Terminou a faculdade?

— Sim, terminei as duas.

— Nossa, duas? - olhou-me surpreso e impressionado — Eu achei que era apenas uma, de administração.

— Eu fiz de artes também, só não adicionei em meu curriculum.

— E porque?

— Porque para se trabalhar com artes a gente precisa de inspiração, e eu não tenho nada em que me inspirar a um bom tempo.

— Ah, sim, entendi. - olha-me com compreensão — Bem, então, torço para que você encontre logo a sua inspiração, para que possa me proporcionar a ver uma arte feita pelas suas delicadas mãos.

— Obrigada senhor. - agradeço — Se bem que eu acho que já a encontrei. - digo sem desviar o olhar.

Ele engoli em seco.

— Você é daqui mesmo, de Los Angeles, Grace? - desconversa.

— Não senhor, eu sou de Belfast - Reino Unido.

— Hum, que legal. - sorri — E tem família, fora o seu marido, é claro?

— Sim, tenho meus pais e meus três irmãos, que moram lá, mas que não os vejo pessoalmente desde que vim para cá estudar.

— Nossa, eu sinto muito. - olha- me com pena.

— Não, está tudo bem. Eu já prometi a mim mesma que no meu primeiro salário eu vou lá visitá-los, para matar a saudade de tanto tempo.

— É isso aí, vai sim. Nossa família deve ser sempre a nossa prioridade.

— Sim, com certeza.

Nós olhamos fixamente.

— Bom, agora falando sobre trabalho, você sabe qual é a vaga de emprego que estou oferecendo, não é?

— Sei, sei sim, senhor Price.

— Ótimo. - diz num tom firme — E você já trabalhou alguma vez como assistente pessoal, Grace?

— Em uma casa não, senhor, mas em uma empresa, sim.

— Bom, é quase a mesma coisa. - explica — Envolve as mais diversas tarefas, como; organizar contas, planejar festas, arrumar malas e armários, ... ou até mesmo cuidar de um animal de estimação.

Olho atentamente.

— E se for preciso, você terá que ir a algumas viagens comigo também.

— Tudo bem, senhor. Parece ser bem fácil para mim.

— Que bom que pense assim.

Seu sorriso enigmático deixa- me apreensiva.

— Você também já está ciente de qual é o salário que será pago, não é?

— Sim, sei sim senhor.

— E o que achou do valor?

— Ótimo, muito bom.

— Ok.

Nisso somos interrompidos por duas batidas na porta.

— Entre. - diz firmemente.

A porta, então, se abre, e entra a senhora Constância com uma bandeja em mãos.

— Desculpa interrompe- los, senhor Price, é que imaginei que gostariam de um cafezinho quentinho e pré cuado.

— Ah, com toda certeza, Constância. - responde num tom suave.

Ela coloca a bandeja em uma pequena mesa redonda, na cor preto, que está em um canto da sala, bem perto de uma grande janela, pega duas xícaras e trás até nós.

— Aqui senhor, do jeito que o senhor gosta. - coloca uma na frente dele e a outra em minha frente — Como eu não sabia como a senhorita gosta do seu café, eu trouxe um igual ao do meu CEO. Espero não ter errado na escolha.

Pego a xícara, levo a minha boca e experimento.

— Uau, está muito bom, delicioso, uma escolha perfeita. - elogio.

— Que bom que gostou. - sorri.

Ela, então, vai em direção a porta.

— Qualquer coisa que precisar é só chamar senhor, com licença.

— Ok, obrigada. - agradece.

Ela sai e fecha a porta.

— Você gostou mesmo do café? - olha- me suspeitando.

— Sim, eu amo um café forte.

— Ah, então, tá.

Nós, então, ficamos em silêncio até terminarmos de tomar o café.

— Eh, senhor Price, quantos dias mais ou menos o senhor me liga para dizer se a vaga é minha ou não? - olho na expectativa.

Ele coloca a xícara em cima da mesa e me olha enigmaticamente por alguns segundos.

— Nenhum. - responde seco.

Sentindo- me derrotada, devastada, frustada, ... , me levanto da cadeira.

— Tudo bem, senhor Price, mesmo assim lhe agradeço pela oportunidade de vir a essa entrevista. - estico meu braço com a mão aberta.

Ele me olha sem entender.

— O que está fazendo, senhorita Grace? - indaga — Sente-se, nós ainda não terminamos.

Recolho meu braço surpresa e me sento novamente.

— Se eu disse 'nenhum', é porque significa que a vaga já é sua, mas tem um porém. - mostra o dedo indicador.

— Qual senhor? - pergunto curiosa.

— Vou fazer uma experiência com você, de pelo menos um mês, tudo bem para você?

— Sim, com certeza, senhor Price. - respondo sem hesitar.

Por dentro eu estou vibrando em felicidade.

— Se você for bem nesse um mês, você continua e eu faço um contrato fixo para você, se não for eu contrato outra, de acordo?

— Totalmente de acordo, senhor. - respondo entusiasmada — Eu aceito.

— Ok, então você começa amanhã. - diz firmemente — Esteja aqui às 7:00 em ponto, pois eu não tolero atrasos, ok?

— Ok, senhor. Às 6:50 já estarei aqui. - estico meu braço com a mão aberta outra vez — E muito obrigada pela oportunidade, senhor Price.

— Só me agradeça quando você passar pela experiência.

Deixando- me no vácuo, recuo minha mão outra vez, aceno com a cabeça positivamente, o olho fixamente uma última vez e vou em direção a porta.

.." Bom, ele é um pouco intimidador, mas graças a Deus deu tudo certo e o emprego é meu. - suspiro aliviada ao abrir a porta — Agora eu só preciso me concentrar no trabalho, não entrar em nenhuma enrascada e tudo ficará bem.

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