Rosa
Assim que vi todos saírem a passos rapidos, me permiti desabar.
Olhei em volta e senti como se meu peito estivesse sendo esmagado a cada segundo mais, doía, como aquela sala nunca me doeu antes.
Estava impregnado em cada cômodo, cada canto às lembranças de Antônio, eu havia aprendido a amar aquele Senhor como se fosse minha própria familia, a familia que eu não tinha e agora a dor era inegável, assim como a mesa quebrada parecia ser o fim do ciclo de algo que nunca mais voltará a ser como antes.
Me abaixei e peguei um caco de vidro de um prato quebrado no chão.
— Rosa, deixe isso que os empregados iram limpar amanhã — Pediu Jonathan tocando em meu ombro.
Balancei a cabeça negando.
— Não dá para deixar isso — Falei na certeza de que logo ia desabar em lágrimas.
— Rosa, você não é mais funcionária daqui. Vamos sumir e tomar um banho, deitar, eu te faço uma massagem. O dia foi estressante, deixe que os criados limpem a…
— Criados? — O questionei