— ESTELA —
Hugo deu uma risada baixa, quase inaudível, mas carregada de desprezo e algo sombrio. Era o tipo de riso que não nascia da alegria, mas da certeza de que o caos pode ser manipulado com mãos frias.— Fique calma — disse ele, com a voz tranquila demais para a gravidade do que estávamos enfrentando. — Um plano sempre tem uma maneira de dar errado, mas há formas de garantir que ele dê certo no fim. Elizabeth vai ser o ponto de virada.Senti o sangue pulsar mais forte nas têmporas. Bufei, impaciente, frustrada com a compostura dele, como se tudo estivesse sob controle — e não estava. Nem de longe.— Se você deixar ela se aproximar de Patrício, vai perder tudo, Hugo. — Minha voz saiu dura, trincada, quase um sussurro de raiva. — Mantenha os olhos nela. Não deixe nada escapar. Eu vou cuidar dele, como você pediu. Mas você... vigie ela de perto.Ele fez uma breve pausa, como se analisasse o alcance das minhas palavras.— Isso