Capítulo 10: O Recomeço nas Montanhas
O céu começava a clarear quando alcançamos um pequeno vilarejo escondido nas montanhas. O lugar parecia intocado pelo tempo, com casas simples de madeira e um rio que cortava o vale como uma faixa prateada. O silêncio era quase absoluto, exceto pelo som da água corrente e os pássaros cantando ao longe.
Yoko parou na entrada do vilarejo e olhou ao redor.
— É aqui — disse ele, sua voz carregada de alívio.
Eu observei, confusa.
— Você conhece este lugar?
— Meu avô viveu aqui por muitos anos. É um refúgio. Poucas pessoas sabem que este vilarejo existe.
Ele começou a caminhar em direção a uma das casas, que parecia mais antiga e isolada. Eu o segui, sentindo uma estranha mistura de alívio e inquietação.
A casa era pequena, mas acolhedora. Havia uma mesa de madeira com marcas do tempo, uma estante cheia de livros antigos e uma lareira que parecia ter sido usada recentemente.
— Quem mora aqui agora? — perguntei.
— Ninguém. Meu avô faleceu há muitos anos