ESMERALDA DEL CASTRO
Saiu e sinto o vento frio da noite roçar minha pele, meus braços se arrepiam enquanto fecho o casaco, ainda bem que lembrei de pega-lo. Pego o celular, destravo a tela e ligo para minha mamma.
Chamada Iniciada:
— Mamma? Está tudo bem? — tento soar tranquila, mas minha voz sai mais aguda do que eu pretendia.
— Oh, minha filha, não quis atrapalhar — responde ela, a voz suave e cansada. — Só liguei porque você esqueceu a chave. Vou deixar a porta destrancada.
Suspiro aliviada. — Tudo bem, não vou demorar muito aqui.
— Aproveita a noite, Esme, pelo menos por hoje. Agora vou me deitar, estou cansada. Beijos, filha.
— Está bem. Beijos, mamma. — sorriu e desligo a ligação.
Chamada Finalizada.
Guardo o celular na bolsa. A frase que se repetiu desde que resolvi vir foi "divirta-se, esme".
O vento volta a soprar, trazendo um vento frio, e eu dou a volta para entrar na Passione quando ouço vozes alteradas. Estranho. Não parecia ter ninguém aqui fora.
Olho ao redor. A rua pa