ANDY DAVIS
A casa estava silenciosa quando cheguei. Abri a porta com cuidado, tentando não fazer barulho. Eu me sentia oprimida, cansada. Deixei as chaves sobre a mesinha da entrada e fiquei parada por um segundo, ouvindo. O cheiro da comida chegou até mim imediatamente, suave e delicioso. Tudo estava preparado: uma toalha de mesa branca impecável, duas taças de vinho, uma garrafa aberta... e a comida servida nos pratos, esfriando.
Mordi meu lábio, sentindo uma pontada de culpa. Eu tinha chegado tarde.
Procurei Damián com o olhar, ele estava esparramado no sofá, profundamente adormecido, com a cabeça recostada no encosto e os lábios entreabertos, enquanto seus cabelos loiros caíam sobre o rosto. Seu celular ainda estava em sua mão. Parecia que ele tinha ficado esperando até que o cansaço o vencesse.
Aproximei-me lentamente, sem fazer barulho, e observei-o com atenção.
Mesmo dormindo, ele era impressionante. Havia algo em seu rosto que sempre me cativava, algo que ia além de sua beleza