Quando a Verdade se Impõe.
Um Ponto Final à Vista
Cecília, agora mais calma, mas ainda visivelmente nervosa, cruzou os braços e olhou para Miguel.
— O que está acontecendo aqui, Miguel?
Miguel respirou fundo e, sem alterar o tom de voz, respondeu:
— É o que você viu. Minha enfermeira estava me dando banho e me trocando.
— Mas ela estava... — Cecília tentou continuar, mas foi interrompida.
— Esqueceu que estou com uma fratura no quadril e preso a uma cadeira de rodas? — Miguel disparou com um sorriso sarcástico.
Cecília bufou, cruzando as pernas e os braços.
— Tá, tá... Mas você é meu noivo! Você acha que eu consigo assistir a uma cena dessas e ficar tranquila?
Miguel ergueu uma sobrancelha, o sorriso sugestivo ainda nos lábios.
— Deveria, não? Já que você deixou bem claro que não quer cuidar de um homem na cadeira de rodas, outra mulher precisa cuidar, não é?
Cecília bufou alto, os braços apertados contra o peito.
— Olha, você para de colocar essas ideias na minha cabeça, viu?
— E como você acha que eu estou?