Capítulo Nove

Cheguei à escola de minha amada e ela estava tento aula. Tornei-me completamente invisível não deixando que ela me sentisse. Queria apenas obervar ela. 

Olívia estava concentrada no que o professor explicava sobre uma conta de matemática. Ela anotava tudo que o professor dizia e ela não perdia nada. Após o professor parar de explicar ela se virou para amiga e sorriu. 

- Planos para o fim de semana? – ela falou. 

A amiga fez uma expressão de desanimada e deu de ombros. 

- Que nada. Meus pais parecem que querem me trancar dentro de casa para sempre. – ela comentou.

- Ah, não faça drama, Angélica. – Olívia riu. 

Bem, finalmente eu descobria o nome de sua, ao que parecia melhor amiga.

- Você não vai acreditar no que vou te contar. – Olívia puxou sua cadeira para mais perto de Angélica e baixou o tom de voz. – O anjo falou comigo. E ele é tão fofo...

- Sério? Mas você o viu? – ela perguntou.

- Que nada. É o que eu mais quero, porém o anjo falou que ele vai ver o que pode fazer em relação a isso. Ele me ajudou ontem quando fui embora mal pelo Tyler. E sabe dá para ver que ele realmente gosta de mim. – ela sorriu. Um autêntico sorriso de alegria.

Angélica a observou.

- Realmente você parece bem melhor. Hum... Será que esse anjo está fazendo mais do que seu trabalho? – ela riu.

Olívia cruzou as sobrancelhas.

- O que quer dizer, amiga? – ela indagou.

- Ah, fala sério, Di. Tá na cara que esse anjo está fazendo mais do que te consolar pelo Tyler. Por que a troco de que ele, Melahel, né? – ela perguntou e Olívia assentiu. – Ia sair lá da sua nuvem celestial apenas para te consolar daquele babaca? Sei que além de tudo você é especial e poderosa. Por que eu também posso sentir espíritos, por isso acredito em você. Mas, sério está parecendo que ele gosta mais do que devia. 

Olívia riu.

- Como você dizer uma coisa dessas? Ele me conhece há apenas dois dias. Como poderia ficar apaixonado? – ela riu novamente.

Mal sabia ela que realmente estava confuso, perdendo a cabeça em ataques de fúria e identidade pessoa por aquela garota. Continuei flutuando ao redor dela sem que elas percebessem.

- Por que posso. Não entendo de anjos, mas entendo de caras, e no fundo, Melahel é um homem e de sexo masculino, não? E que cara não ficaria apaixonado por você que precisa de um ombro amigo? – ela disparou. 

Ela tinha razão, porém Olívia ainda parecia duvidar. 

- Não acredito nisso, porém vou ficar mais esperta. Ele me prometeu dar aulas sobre minhas visões e como afastar Tyler de mim. 

- Está vendo. Melahel quer Tyler fora dessa jogada por que ele a quer. – Angélica bateu palminhas baixas.

- Fala sério, amiga, para de falar de besteiras e vamos para o intervalo. – e bem nessa hora o sinal tocou.

As duas se levantaram e saíram da sala. 

Eu não poderia acreditar. Olívia não acreditava que eu poderia estar apaixonado por ela, o que era perfeitamente aceitável. Nós não conhecíamos, mal havíamos começado a ter algum tipo de vínculo. E mesmo assim era terrível aquela intensidade que sentia quando ela se aproximava. Quando via em seus olhos que ela ficava tão bem ao meu lado. 

Os humanos são de verdade muito peculiares.

Segui as duas entre a multidão de adolescentes, e elas compraram lanches e se sentaram em uma mesa afastada de todas as pessoas. Dava para ver que elas eram diferentes. Uma capaz de sentir espíritos o que era muito raro, e a outra vidente. 

Elas continuaram conversando, mas dessa vez banalidades da aula, e foi quando Tyler decidiu aparecer. Ele surgiu entre os alunos, e eu estava do lado de Olívia invisível, mas com raiva clara e flamejante. Aquele garoto me irritava.

Ele caminhou até elas. E se postou praticamente do meu lado e pegou nos ombros de minha protegida com intimidade o que meu deu mais raiva. 

- Posso conversar com você? – ele pediu e Olívia olhou para ele de forma indiferente, mas só por fora. Eu conseguia ouvir seu coração disparado.

- Uhum. – ela disse e olhou para Angélica. – Já volto. 

A amiga acenou e desviou o olhar. 

Eles caminharam até uma parte de trás da escola, onde não poderiam vê-los. Embora, eu estivesse do lado dela. 

- O que você quer? – ela perguntou. 

- Sei que não tenho sido a melhor pessoa do mundo para você, mas prometo melhorar. Eu tenho recebido... Sinais... – ele engasgou claramente lembrava-se do sonho. – De que você não merece o jeito com que te trato como amigo. E se você quiser posso ser melhor. – ele disse. 

Nessa hora decidi me tornar mais sólido. Eu iria intervir novamente, mas apenas para ajudá-la realmente. Por que eu sabia que Olívia se sentiria embaraçada com isso, como de verdade estava. 

Diga que vai pensar, por que ele foi muito ruim para você. E dê as costas. 

Sussurrei mentalmente em sua cabeça, e ela tremeu percebendo que eu estava ali ao seu lado. Agora ela era capaz de me sentir claramente. 

Olívia demorou alguns minutos para responder e tentar pensar.

- Você foi muito ruim para mim. Tenho que pensar, Tyler. – ela disse com uma confiança que até mesmo eu fiquei surpreso, afinal por que foi ainda ontem que ela estava chorando por ele. 

Ela simplesmente se virou e deu as costas para ele. Tyler ficou com uma cara no chão. Eu sabia que ele estava acostumado com as coisas na sua mão, como as garotas também. Mas, minha protegida ele não usaria mais para suas artimanhas juvenis. 

Olívia voltou para sua mesa com sua amiga e nunca me senti tão orgulhoso dela. Ela havia realmente me escutado e feito tudo que eu tinha pedido. 

Ia caminhar de volta para ela, quando vi Castiel ao longe acenando para mim. No meio dos alunos apenas ele estava de branco. Surpreso eu fui até ele. 

Castiel pareceu meio pálido e não sorriu quando me viu. 

- Aconteceu algo, irmão? – perguntei sentindo o sentimento transtornado de meu irmão. 

- Sim. Te denunciaram para o Céu. Você foi acusado de mentir e alterar uma vida humana. 

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