Abri a porta outra vez e escutei uma explosão, corri para o local de onde vinha o brilho do fogo e a fumaça. Parei a poucos metros de distância do carro em chamas, eu não consegui ver se Bryan estava ali, mas senti algo bater em meu pé. Meu mundo caiu ao ver que era o capacete dele.
— Por favor, alguém chame uma ambulância! — gritei para as pessoas ao redor, que estavam ali por pena e curiosidade.
As lágrimas escorriam pelo meu rosto de forma descontrolada, e os soluços escapavam da minha garganta sem minha permissão. Lembrar doía, e como doía.
Abri a porta de casa e voltei para empurrar a cadeira de Bryan, ele estava engessado da cintura para baixo e tinha um braço quebrado. O acidente não lhe trouxe feridas que deixariam sequelas, mas ele teria que repousar até segunda ordem.
Deixei-o próximo do sofá e liguei a televisão, estava começando um jogo de basquete do nosso time.
— Quer beber algo? — perguntei, mas ele nem me olhou. — Bryan, até quando você vai ficar sem falar comigo? — E