— Mas você também não me disse nada sobre essa relação de vocês antes. É natural que alguém acabe entendendo errado. — Resmungou Letícia, soltando um frio bufar de desdém.
Renato fitou a herdeira arrogante diante dele e, lembrando-se de como a irmã quase chorara instantes atrás, respondeu em tom cortante:
— E a Srta. Letícia, por acaso, me deu a chance de explicar? A senhora chegou já me acusando, fazendo suposições maldosas e ainda espalhando insinuações indecentes sobre uma mulher.
— Eu não dei? — Letícia arregalou os olhos, indignada. — Mesmo que você não estivesse aqui no começo, a Vitória não podia ter se explicado? Como é que você garante que não foi ela mesma que ficou calada de propósito, só para me induzir a pensar dessa forma?
Renato preparava a réplica, mas, antes que abrisse a boca, Vitória já se adiantou. Segurou a manga da camisa dele e, com a voz trêmula, exibiu um olhar de pura fragilidade:
— Mano, eu... Eu fiquei assustada. A Srta. Letícia disse que ia me levar presa,