“Você é o irmão dela, vê ela quase todo dia. Claro que não nota mudança nenhuma.” pensou Leonardo.
Mas ela tinha mudado, e muito. Deixara de ser uma menininha e se transformara numa mulher deslumbrante. Até ele mesmo quase não a reconheceu...
— Faz seis anos que não a vejo. É normal achar que mudou. — Respondeu Leonardo, pegando o gancho do que Eduardo dizia.
— Ué, na época da faculdade você não vivia lá em casa? Encontrava com ela direto. Ela ainda estava no ensino médio, e o rosto já estava praticamente formado. — Retrucou Eduardo.
Leonardo respirou fundo. Engoliu as palavras que estavam na ponta da língua. Não valia a pena discutir esse tipo de coisa com um cara tão quadrado. Sabia que, se começasse, a conversa ia até o amanhecer.
“Dezessete e vinte e quatro anos, por acaso são a mesma coisa???”
Aquela fase da vida de uma garota era como o desabrochar de uma flor: aos dezessete, era um botão fechado; aos vinte e quatro, uma flor completamente aberta.
E ele nunca ouviu falar de uma d