Os dois entraram no carro. Letícia foi no banco da frente, enquanto Beatriz acomodou-se no banco de trás. Eduardo ligou o motor.
— Pra qual shopping a gente vai? — Ele perguntou à irmã.
Letícia disse o nome, e Eduardo ativou o GPS.
No banco de trás, Beatriz apertava levemente os lábios, ainda pensando no que Eduardo dissera há pouco.
Ele não quis aceitar o dinheiro, preferia que ela pagasse preparando comida para ele.
Só que... O custo dos ingredientes era quase simbólico. Mesmo comprando carne ou costela de primeira, uma refeição caseira não passava de algumas centenas de reais.
E aquele almoço de hoje?
Ela começou a calcular mentalmente quantas refeições seriam necessárias para equilibrar as contas.
Durante a semana ela trabalhava, fazer jantar e ainda entregar a tempo seria difícil.
Eduardo só trabalhava aos sábados, então só esse dia daria certo.
Uma vez por semana... Considerando almoço e jantar, ela precisaria cozinhar por quase um ano inteiro.
Ainda assim, parecia viável.
Era só