Ao ouvirem o nome “Sr. Gabriel”, todos ao redor finalmente entenderam a situação.
Ah… Então era o marido que tinha vindo atrás dela na empresa!
Bom, nesse caso, não era o “quarto homem”, como alguns já estavam especulando. Continuava o mesmo enredo de sempre: três homens por uma mulher.
E que mulher.
O refeitório da Aurora, que costumava ser um espaço barulhento de conversas cotidianas e pratos batendo, agora estava em completo silêncio. Todos os olhos fixos naquele drama de alto escalão que se desenrolava bem na frente deles.
Ninguém mais pensava em comida.
Hoje o almoço era outro: um prato cheio de fofoca ao vivo, com tempero de drama da elite.
Afinal, quando é que funcionários comuns teriam a chance de assistir, de perto, um episódio completo de “Segredos da Alta Sociedade”? Era novela das oito, ali mesmo, com atores reais e lágrimas verdadeiras.
No centro da cena, Gabriel mantinha os olhos fixos nos de Beatriz, a voz firme e fria:
— Eu não estou louco. Eu sei muito bem o que estou