Após o pai ser assassinato durante um assalto, Milena é levada para casa de sua mãe, que tenta confortá-la. No entanto, ao retornar, Milena enfrenta um novo pesadelo: o abuso sexual por parte do padrasto, enquanto sua mãe, não a protege. Desesperada, Milena foge de casa e busca refúgio nos braços de seu namorado. Mas a traição a aguarda, quando ele a ridiculariza e desmerece cruelmente. Farta de ser vítima de abusos e traições, Milena decide se vingar de todos que a machucaram e parte sem rumo, determinada a recuperar o controle de sua vida. Seu caminho a leva ao Morro da Esperança, um lugar marcado pela violência e pela lei do mais forte. Lá, ela encontra Magrin, o novo dono do morro. Entre desafios intensos e descobertas sensuais, Milena mergulha em um mundo onde precisará confrontar seus demônios internos e descobrir uma força que nunca soube que possuía.
Ler mais“Este livro é uma continuação da série FUGINDO PRO MORRO, mas pode ser lido separadamente, pois cada volume conta uma história independente com os mesmos personagens.
No entanto, se você quiser ler o primeiro livro depois, pode encontrar alguns spoilers sobre o que aconteceu nele.
Este livro é uma ótima opção para quem gosta de drama e romance.”
Atenção:
Este livro contém cenas de sexo, drogas e violência que podem ser inadequadas para menores de 18 anos ou pessoas sensíveis, podendo gerar gatilhos. Trata-se de um romance adulto, com uma trama envolvente e personagens complexos. O autor não faz apologia ou incentivo a nenhum tipo de violência, abuso ou uso de drogas, mas retrata a realidade de alguns contextos sociais.
Por se tratar de uma história fictícia, o texto apresenta em determinados trechos a linguagem informal, bem como gírias.
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Pai da Mila narrando
Estou aguardando na fila quando meu celular toca, olho e vejo ser minha filha Mila, atendo já a cumprimentando.— Oi meu anjo, você não deveria estar na aula?
— Está terminando o intervalo, decidi ligar para te lembrar de comprar meu presente de aniversário.
— Você vai fazer vinte e dois anos e ainda me pede presente.
— Pai, entenda uma coisa, todo mundo gosta de ganhar presentes, independentemente da idade... — Ela dá uma gargalhada gostosa.
— Ok, Ok, eu vou comprar, te encontro em casa princesa. Beijos. O papai te ama!
— Também te amo pai!
Assim que desligo a ligação entram quatro homens encapuzados e armados no banco, já entram gritando, para que todos deitem no chão. Um dos assaltantes vai aos caixas, outro segue com o gerente ao cofre, e os outros dois se revezam em ficar observando clientes estirados no chão com medo do que pode acontecer, assim como também revezam, para roubar nossos pertences.
Sou policial aposentado, hoje trabalho de segurança particular, e ver aqueles brutamontes tocar o terror me deixa possesso.
Vejo que um deles está assediando e arrastando uma garota, ela está muito assustada e grita por socorro, deve ter a idade de Mila não mais que isso, e ao imaginar minha filha no lugar dela, eu fico cego de raiva. Lentamente vou me aproximando deles, quando vejo a oportunidade perfeita, eu atiro no homem que tentava arrastá-la, iniciamos uma troca de tiros, eu matei um deles, mas o outro me acerta no peito. A moça que salvei de ser violentada, vem correndo em minha direção, reparo que ela está chorando.
— S… sinto muito, senhor, sinto muito — Ela coloca suas pequenas mãos onde levei o tiro, tentando estancar o sangue que perdia. — Obrigada por me salvar — ela diz entre soluços de choro. Percebo que ali seria meu fim. Com minha experiência, sei que não sobreviveria. Então, mesmo gaguejando, eu digo:
— Por favor — tusso —, diga a minha filha que eu a amo muito, ela foi o melhor presente que Deus poderia me dar, e que ela nunca deixe de comemorar seu aniversário, pois, ele é a data mais importante do ano para mim. — Então apago.
Mila
Estou na aula, quando meu celular toca, eu encerro a ligação sem ver quem era, mas meu celular continua a tocar, na terceira vez peço licença para o professor e atendo a ligação no corredor.
— Filha, estou te esperando aqui fora, por favor venha falar comigo.
— Não posso mãe, estou no meio de uma aula.
— É sobre o seu pai.
— O que aconteceu com o meu pai?
— Venha me encontrar. — Eu saí correndo do corredor da faculdade e vou encontrar com a minha mãe, quando chego ela me olha triste e diz. — Sinto muito.
Ao ouvir aquelas duas pequenas palavras sinto meu coração ser quebrado em milhões de pedacinhos, minha mãe me abraça e eu choro de soluçar.
— O que aconteceu, mãe, onde ele está?
— Ele estava no banco, quando começou um assalto e acabou sendo atingido por um tiro, foi socorrido, mas não resistiu. — Quando ela falou: “não resistiu”, eu fui ficando mole, minha visão começou a ficar turva… desmaio nos braços da minha mãe.
Acordo em um quarto branco, tenho dificuldades para abrir os olhos, quando abro vejo minha mãe ao meu lado.
— Mamãe, eu tive um pesadelo horrível. — Ela dá um sorriso amarelo para mim e diz:
— Sinto muito meu amor, mas não foi um sonho. — Levanto com tudo, e minha cabeça gira. — Calma, meu bem, você desmaiou, precisei te trazer ao hospital.
— Calma, como vou ficar calma? Meu pai faleceu! Ele era tudo para mim...
— Você não está sozinha, tem a mim. — Ela me abraça e eu choro em seu abraço.
Passo a noite em claro, não consigo dormir lembrando do meu pai, dos momentos que tivemos juntos.
No velório do meu pai eu parecia uma morta viva, minha mãe tinha me dopado com calmante, pois eu estava muito mal, sempre fui muito apegada a ele, sempre foi o meu herói, desde que eles se separaram, foram apenas eu e ele.
Pensamento on…
Meu pai chegou em casa mais cedo, depois de um dia longo de trabalho, e pegou minha mãe com seu amante no quarto deles. Naquele dia mesmo ele a colocou para fora de casa e falou que eu poderia escolher com quem gostaria de ficar, escolhi meu pai sem pensar duas vezes, por “N” motivos, eu sempre fui mais apegada a ele e não aceito o que minha mãe fez.
Pensamento off…
— Amor, você quer sentar? — Luan me pergunta.
— Meu bem, eu trouxe um copo de água — Tiphanie fala.
— Obrigada amiga. Amor prefiro ficar em pé. — Bebi água e mantive em pé ao lado do corpo do meu pai, não sai do lado dele até que o mesmo foi enterrado.
Vê-lo sendo enterrado, foi como se arrancasse meu coração, eu perco as forças em minhas pernas, ajoelho no chão e choro até que minhas lágrimas secam.
Todos já foram embora, só ficaram ao meu lado, minha mãe, Luan e Tiphanie, ao longe vejo uma jovem, nos observando, ela percebe que estou olhando para ela e vai embora, naquele momento não estou em condição de querer saber quem é aquela garota.
— Filha, precisamos ir — Minha mãe diz.
— Vou com você. — Luan se oferece para nos acompanhar.
— Amiga, vou para casa, mas pode me ligar seja a hora que for — Tiphanie fala, me abraça e segue seu caminho.
— Preciso espairecer, vou dar uma volta, depois vou para casa.
— Vou com você meu anjo — Olho para ele com carinho e digo.
— Obrigada, meu amor, mas preciso desse tempo comigo mesma.
Estou em casa, e com o telefone em mãos, caso precise de mim! Amor, sei que não está feliz, mas — ele tira uma caixinha do bolso, e me entrega —, feliz aniversário. — Ele me dá um selinho e eu retribuo com um sorriso.
Obrigada, amor! — Abro e vejo um coração. Quando o coração se abre, revela a foto do meu pai comigo. Sinto as lágrimas escorrerem pelo rosto. — Que lindo, meu amor, é o melhor presente que eu poderia ter recebido. — O abraço e lhe dou um beijo longo e carinhoso.
— Eu havia comprado outra coisa, mas devido ao que aconteceu, eu falei com um amigo, que fez de última hora.
— Ele é perfeito, muito obrigada. — Me despeço deles e sigo caminhando pelas ruas da cidade.
Na sala ao lado da igreja, Maria Julia está arrumando os últimos detalhes de seu vestido, para se casar com Noah, quando a porta é aberta e pelo espelho, ela vê que é o amor da sua vida, entrando todo lindo, de calça social preta e uma camisa branca, com as mangas dobradas até o cotovelo.— O que faz aqui, JC? — perguntou Gabi, irmã da Maju e esposa do melhor amigo do JC.— Preciso ter uma palavra com a Maju, posso Gabi?— Se ela quiser! — Os dois olham para ela que baixa a cabeça. — Maju?— Não é tarde para isso João Carlos? — Maju fala ainda de cabeça baixa.— Um minuto, e prometo sumir da sua vida. — O coração de Maju aperta com a possibilidade dele sumir para sempre. Ela sempre o amou em segredo, seu noivo Noah, foi quem a ajudou a se recuperar do abandono repentino que sofreu, quando JC de um dia para o outro, sumiu do mapa, sem ao menos mandar uma mensagem ou fazer uma ligação.— Um minuto — Maju disse num suspiro.— Vou aguardar lá fora — Gabi diz, e ambos acenam com a cabeça.
Magrin— Amor, você tem que ficar quietinha em casa, meu Deus, sossega um pouco, olha o tamanho que está sua barriga.— Está me chamando de gorda Guilherme?— Não, minha deusa, você está perfeita.— Mentiroso, eu estou redonda, pareço uma melancia, de tão redonda.— É a melancia, mais linda do mundo, olha pra mim. — Eu a faço olhar para mim. — Você é maravilhosa, e grávida continua linda e gostosa. — Ela dá, um sorrisinho de lado. — Mas é sério, minha vida, fica quietinha em casa, descansa, pois o Júlio já está quase nascendo.— Você acha que meu pai ia gostar da homenagem?— Tenho certeza que ganhei uns pontos com o sogrão lá no céu, ele deve estar orgulhoso da mulher forte que você se tornou e que o neto terá o seu nome — digo sorrindo e a beijando, pois não resisto. — Promete que vai ficar quietinha em casa? E que qualquer coisa você vai me ligar?— Prometo.— Desfaz esse bico lindo sua manhosa. — Faço cosquinhas nela, então ela dá, um grito de dor, ela olha para baixo, eu acompanh
MagrinChegamos no baile e estava lotado, chamei os irmãos, porque a notícia ia ser a melhor da minha vida.Estávamos todos juntos, PJ e Gabi ao nosso lado com toda a nossa família, até minha veia veio hoje.— Amor, vou precisar dar uma saidinha.— Estou dê olho, viu. — Ela faz sinal com os dedos, eu dou um sorriso de lado, um beijo naquela boca gostosa.— Ciumenta. — Ela dá de ombros e retruca:— Você também é. — Juntos demos uma gargalhada gostosa, eu desço até o palco.— Aí geral, peço um minutinho da atenção de todos. — Olho para a minha deusa, que está me olhando confusa e começo a falar: — minha deusa, eu estou tão feliz que vamos ter um bebê, isso mesmo meu povo, eu serei pai!!!! Mas não é só isso que quero dizer, na verdade, eu quero que você saiba o quanto é importante na minha vida, você me trouxe tanta alegria, fez o homem que sou hoje!— Frouxo — O PJ grita zombando de mim, eu mostro o dedo do meio e todos dão risada.— Continuando, eu quero que essa alegria dure para semp
Mila— Amor me leva para casa. — Ele me afasta um pouco do seu abraço, pega o meu rosto com as suas mãos, amo quando ele faz isso, que tenha esse cuidado comigo. Ele me olha preocupado, amo esse carinho todo, esse zelo, eu só tinha isso com o meu pai. — O que aconteceu, minha deusa? Por que está chorando?? Os meninos me ligaram, eu larguei tudo e vim correndo.— Só quero ir para casa.— Quem são essas mulheres que estão chorando. O que elas fizeram para você? — Ele já muda o tom de voz, eu sei que dependendo do que eu falar, ele pode surtar com as duas.— Não são ninguém — nesse momento a mulher fala:— Minha fi… — Eu a corto.— Eu não sou nada sua, olha! Como é seu nome mesmo? Viu, nem o seu nome eu sei.— Meu nome é Helena, e estarei te esperando, quando estiver pronta para conversar, me desculpe por hoje, eu não deveria ter chegado assim.— Realmente, não deveria.— Fique longe da minha mulher, se ela quiser, ela vai até você, agora se fizer algo do tipo de novo vai se arrepender.
MagrinA noite foi longa, e tive que me controlar para não quebrar a cara do chefe, e de alguns irmãos da facção, os filhos da puta nem disfarçavam, secavam a Mila na cara dura.Chegamos em casa, eu estaciono o carro e a Mila já fala.— Nossa, estou exausta, meus pés estão me matando.— Ah, mas a senhorita não vai descansar, agora vou te dar um castigo por ter me provocado a noite inteira. — Ela me dá um sorriso de lado e fala:— Me leva no colo, estou fraquinha. — Dou uma gargalhada, da cara de pau dela, a pego no colo e tiro uma casquinha beijando e cheirando seu pescoço.Quando entro na sala, a coloco no chão e já a prenso na parede, a safada já levanta uma perna e se enlaça na minha cintura.— Tu gosta de provocar né, sua safada. — Ela dá, uma gargalhada e logo me puxa pelo pescoço e me beija loucamente, eu já estou cheio de tesão e puto com esse vestido, que fez ela ficar mais linda e gostosa, e chamar atenção de todos os homens naquela maldita reunião.— Desculpa, minha deusa. —
MilaReunião da Facção.Chegamos na reunião, era um lugar luxuoso, nunca que ia imaginar uma reunião da facção em um lugar tão lindo desse, e tinha muito homem mal-encarado, e muitas mulheres se oferecendo como se fosse mercadoria barata, que nojo, Magrin percebe e segura firme a minha mão.— Você está proibido de vir para essas reuniões sozinho.— Está com ciúmes, minha deusa?— Me corroendo por dentro. — Ele dá uma gargalhada, e para em minha frente, me dá um sorriso de lado e um beijo em minha boca, logo fala:— Eu não seria louco em fazer isso, minha noiva é muito ciumenta, mas ela não pode se esquecer que eu a amo muito e não trocaria por nada. — É a minha vez de sorrir.— Ainda bem que sabe.Ficamos juntos conversando, ele me apresentou algumas pessoas, eu conversei mais com o JC e PH, pois já são da família, os outros ficavam me comendo com os olhos e me deixava sem graça.— Amor, eu vou ao banheiro e já volto. — Ele me dá um selinho e eu sigo para o banheiro.Entro, respiro fu
Último capítulo