Mariana comentou: — Se a gente for mais rigorosa na análise, hemorragia cerebral é uma daquelas doenças que se agravam quando a pessoa se exalta. Se tivesse havido alguma briga, uma morte acidental até seria compreensível. Mas foi bem na hora da discussão que ele passou mal... Dá pra dizer que esse responsável foi, no mínimo, muito azarado.Renato assentiu: — Exatamente. Agora virou um cabo-de-guerra. Nenhum dos lados quer ceder. E pra piorar, temos um evento de captação de investimentos vindo aí. Estou preocupado que essa confusão respingue e atrapalhe tudo.— Mas captar investimento... isso não deveria ser problema, né? Vai se preocupar com isso?Renato disse: — Não é que eu esteja preocupado, mas o governo também tem sua imagem a zelar. Se alguém causar confusão na hora do evento e isso se espalhar, fica feio, né.Ana perguntou: — E quanto a família está pedindo?— Quatro milhões.— Realmente não é pouco... — Murmurou Ana. Mas uma vida perdida não tem preço que pague.Renato suspiro
Anderson arrastou Diego para o quarto e o jogou na cama, começando a fazer cócegas nele.Diego se contorcia de tanto rir, implorando por misericórdia entre gargalhadas.— Eu só olhei pra ela e você já veio me zoar! Que tipo de irmão faz isso, hein?— Eu nem falei nada! — Protestou Diego. — Quem tá com a consciência pesada é você!Anderson disse: — Ela devia ter quase trinta anos! Se eu chamasse de senhora, ainda seria educado!— Melhor não chamar de nada. — Respondeu Diego. — Se não, vai acabar apanhando.Anderson se jogou de costas na cama: — Você não faz ideia do que se passa na minha cabeça.Estar com Diego fazia com que Anderson se sentisse mais como uma criança de verdade.Ele se deitou também e perguntou com curiosidade: — Então... o que você tava pensando, afinal?— Eu só achei que... ela daria uma boa madrasta pra mim.Diego arregalou os olhos, surpreso: — Você tá... se oferecendo pra arranjar uma madrasta?Anderson respondeu: — Você não entende... Meu pai é muito popular. Mesm
Apesar de ter a família por perto, ainda assim havia muitas limitações.Mas, para falar a verdade... no caso de Renato, realmente não era fácil encontrar alguém compatível.Embora muitas jovens solteiras gostassem dele, considerando quem ele era, se envolver com alguém muito mais nova poderia acabar pegando mal.Encontrar alguém na mesma situação, viúva ou divorciada, seria o ideal, mas isso depende totalmente do destino.À tarde, eles foram para a fazenda de colheita.Frutas e legumes de todos os tipos, tinha de tudo.O lugar era famoso por ser orgânico e sustentável, além de ter parceria com um instituto agrícola local, então as variedades eram incríveis. Ana adorou o lugar.Mariana a acompanhou, e a ver feliz, já se sentia satisfeito.Era raro Renato sair de casa, então Ana insistiu para que ele fosse junto. Disse que ele não podia viver só de trabalho o tempo todo.Acabou indo, mas o celular não parava de tocar. Irritada, Ana puxou Mariana pelo braço e foi embora na frente, o deixa
Susana olhou para ela, surpresa: — Você?Renato interveio: — Mariana, para com isso.Mariana disse: — Tô falando sério. — Ela respondeu. — Você mesmo disse que a fábrica da família dela faliu por causa de um golpe. Já pensaram em caçar o golpista?Susana balançou a cabeça, desolada: — Não adianta... O cara fugiu pra fora do país com o dinheiro. E o pior... é que meu pai entregou aquele dinheiro de bom grado. Mesmo que a gente fosse à polícia, eles não iam fazer nada...— Como assim?— Porque os dois eram amigos de décadas. Meu pai nunca imaginou que seria traído daquele jeito.— Então deixa isso comigo. — Mariana disse: — Vou te ajudar a encontrar esse homem. E vou recuperar esse dinheiro.— Sério mesmo?Renato, mais uma vez, tentou intervir: — Mariana...— Primeiro solta Renato. — Pediu Mariana. — Você é uma mulher, e ficar agarrada nele desse jeito... mesmo que ele não se importe com a imagem, não é bom pra sua reputação também.Susana soltou a manga devagar e deu um sorriso amargo:
No pronto-socorro do Hospital São João.Após várias cirurgias, Mariana estava exausta e preparava-se para sair do trabalho. Enquanto trocava de roupa para ir embora, a porta se abriu repentinamente. Lucas apareceu na frente dela, vestido com um terno caro feito sob medida.O homem exibia uma postura nobre, seu rosto era austero e imponente, com sobrancelhas e olhos sérios. Seu nariz alto e lábios finos, com um queixo firme e bem delineado. Sem dúvida, ele tinha uma boa aparência.Porém, naquele momento, ele carregava nos braços uma garota pequena e delicada. Por trás de sua expressão fria, era impossível esconder o nervosismo. — Ela está ferida, dê uma olhada nela. — Lucas pediu.O olhar de Mariana pousou sobre o rosto da garota. Ela tinha uma aparência doce, com um olhar inocente. Mariana sabia que esse era exatamente o tipo de mulher que Lucas gostava. Mesmo depois de tantos anos, o gosto dele não mudou nem um pouco.— Onde você está machucada? — Mariana perguntou.— Torci o tornoz
O homem tinha uma aura fria e nobre, típica de alguém acostumado a altas posições, mas carregava uma simples sacola plástica preta. Sem dúvida, dentro dela estavam os produtos de higiene íntima que Joana precisava no momento.Mariana desviou o olhar e perguntou a ele: — O avô quer que jantemos na mansão esta noite. Você pode ir?Mas Lucas não olhou para ela. Seus olhos se fixaram em Joana: — Ainda sente dor na barriga? Você já tomou os medicamentos?Após dizer isso, ele estendeu a mão e passou a sacola. Joana sorriu timidamente ao o receber e lançou um olhar rápido para Mariana antes de responder: — Estou bem melhor agora, obrigada.— Pode ir, vou esperar você aqui. — Disse Lucas, olhando para ela com ternura nos olhos, e acrescentou: — Depois eu a levo para casa.Joana lançou mais um olhar cauteloso para Mariana e depois se virou e foi embora.— Então você me seguiu até aqui? — Lucas finalmente olhou para Mariana: — Valeu a pena?Mariana não se defendeu, apenas perguntou: — Senhor
O homem era alto e bonito; a moça era doce e delicada. Juntos, eles pareciam um casal perfeito. No entanto, neste tipo de evento, a maioria das pessoas estava em trajes formais, especialmente as mulheres, que competiam com vestidos deslumbrantes. Em contraste, a camiseta branca e calça jeans de Joana estavam um pouco fora de lugar.Evidentemente, Lucas não se importava com esses detalhes, mas ao ver Mariana vestida com um elegante e ajustado vestido de festa prateado, Joana mordeu o lábio inferior, e seu belo rosto mostrou um misto de constrangimento e desconforto.— O quê? — Lucas perguntou, com os olhos baixos.Joana murmurou baixinho: — Elas estão todas vestidas tão formalmente. Especialmente a Dra. Mariana, o vestido dela é muito bonito.Os olhos de Lucas, que acabara de desviar o olhar, ainda mostravam um toque de frieza. Assim que ele entrou, viu Mariana e Paulo conversando animadamente. Paulo até estava mexendo no cabelo da Mariana.“Pedi a ele para ter cuidado, o que ela está
Mariana não entendia nada dos assuntos de negócios, mas ela sabia que, desde o casamento entre as famílias Oliveira e Silva, a riqueza da família Silva tinha aumentado pelo menos três vezes. Mesmo assim, Mário ainda não estava satisfeito.Mariana largou os talheres, se levantou e disse: — Já terminei de comer. Vou indo, vocês podem continuar comendo.Mário berrou para ela: — Não se esqueça do que sua avó lhe disse antes de falecer!Mariana ficou paralisada, hesitou por alguns segundos e, finalmente, saiu.Mal chegou ao hospital, ela recebeu uma ligação de um número desconhecido. Inicialmente, não queria atender, mas o celular não parava de tocar, então ela acabou atendendo. Assim que atendeu, ouviu a voz de Joana, chorosa:— Dra. Mariana, venha rápido, o Lucas se machucou!Mariana correu apressada para lá e descobriu que a mão de Lucas já estava enfaixada. Ao vê-la, o Lucas franziu a testa. — O que você está fazendo aqui?Mariana olhou para Joana e, sem responder à pergunta de Lucas