Caros leitores, Alessia e Massimo não tomaram boas decisões desde o início.
--- Há quase 4 anosQuando Massimo e Guadalupe saíram do salão de festas, chegaram à mansão.Guadalupe estava perplexa com o silêncio sepulcral em que haviam viajado, para além do facto de Massimo só ter aberto a boca para lhe dizer que a lua de mel havia sido cancelada.Chegaram à mansão, Massimo saiu do veículo e entrou em casa sem olhar para Guadalupe, que continuava dentro do veículo.Ela abriu a porta, ainda com o ramo de noiva na mão, viu-o subir os degraus até à entrada, apertou as hastes das flores e entrou.Quando entrou, viu que Massimo a esperava apenas para lhe dizer que não ia dormir no quarto principal e que continuaria a dormir no quarto de hóspedes.Há muito tempo que ela estava sentada na sala de estar, ainda com o vestido de noiva.O Massimo tinha-se fechado no seu escritório. Passado algum tempo, Guadalupe ganhou coragem e dirigiu-se ao escritório para perguntar o que se passava com ele.Estava prestes a abrir a porta do estúdio quando esta se abriu e o homem saiu, e
Na manhã seguinte ao casamento, Guadalupe levantou-se, o melhor que pôde, tirou o vestido de noiva, que tinha várias pérolas que tinham de ser desejadas, o que tornava difícil tirá-lo sozinha. A jovem teve de usar uma tesoura para o cortar, tomou um banho para retirar a maquilhagem que se havia estragado, saiu e vestiu uma roupa informal, pois não esperava que Massimo estivesse em casa. Saiu à procura de um vaso com água para colocar o ramo de noiva. Teve uma grande surpresa quando viu Massimo sair do seu quarto, vestido com um elegante fato preto. Olhou-a de alto a baixo e disse: - Acho que o pequeno-almoço já está pronto. - Massimo disse sarcasticamente, mas ao mesmo tempo com um tom autoritário. - Bem... a Ema deve... deve ter preparado o pequeno-almoço. - respondeu a rapariga, um pouco surpreendida com a pergunta. - A Emma está de férias, devias ter-me preparado o pequeno-almoço, ou quê? Só vais ser minha mulher por causa do nome e do dinheiro? - Chamas a isto um casamento?
Guadalupe saiu do consultório, vagueando pela cidade, não queria voltar à mansão. Desta vez, Massimo havia ultrapassado os limites, tinha-lhe infligido muitos danos.Queria marcar Pietro, queria regressar a Gaeta, “nunca devia ter saído de lá”, pensava a jovem.Cansada de vaguear, senta-se num banco de um parque. O tempo não estava frio nem quente, viam-se os primeiros sinais da chegada do verão, estava quase a anoitecer e ela não queria regressar à mansão, mas tinha-se esquecido da carteira e não tinha dinheiro.A cidade era grande, mas ninguém sabia da sua existência, não havia ninguém a quem recorrer se tivesse algum problema.Esta situação fez com que a rapariga começasse a chorar inconsoladamente. Ela nunca imaginou que aquilo que desejava se tornaria o seu próprio inferno.A situação em que se encontrava não lhe permitiu ver que um homem bonito, com não mais de 30 anos, estava sentado no mesmo banco, à beira da bancada.O homem estava a fumar, perdido em pensamentos, quando os so
Ouvindo tudo o que Matteo lhe dizia, este homem apertava o volante, com vontade de estrangular a mulher, mas sobretudo com vontade de a apanhar para que não se perdesse outra vez.- Matteo, preciso que descubras em que autocarro ela está, eu vou buscá-la. - disse o homem, sério.Matteo, sem hesitar um segundo, falou com a empresa de autocarros e obteve a preciosa informação. Quando Guadalupe saiu do autocarro, vários homens vestidos de fato preto e com um ar pouco amistoso rodearam-na.- O que é que se passa? Quem são vocês? - perguntou Guadalupe, nervosa.- Guadalupe, é melhor não fazeres barulho. - disse Massimo, pegando-lhe pelo braço.Ela e o marido saíram do terminal de autocarros e ele obrigou-a a entrar rapidamente no Maserati que o marido conduzia.O rosto de Massimo estava frio e ele parecia claramente irritado. No caminho, não disse uma palavra, mas quando chegaram à mansão, a calma do homem desapareceu.- Diz-me, porque é que gostas de estar com o Pietro? - perguntou Massimo
Emma, vendo a recusa de Massimo, preferiu sair da mansão, ela perderia muito se não concordasse em sair. Vendo a situação, ela não podia deixar a senhora sozinha, também não podia dizer nada à avó, isso poderia criar um problema maior. - EMMA, POR FAVOR AJUDA-ME! - Ouviu Guadalupe gritar da sua varanda. Ao ouvir isto, Massimo corre da sala de estar para o quarto da mulher, talvez lhe passasse pela cabeça atirar-se do primeiro andar. Abriu a porta e correu para a varanda, puxou-a para a boca, ela mordeu-lhe a mão e fugiu quando ele se queixou da mordidela. Correu descalça com todas as suas forças, mas quando chegou às escadas, tropeçou no tapete. Massimo estava atrás dela e só a viu de relance a cair pelas escadas abaixo. - GUADALUPE! - gritou o Massimo quando se apercebeu que não ia conseguir chegar a tempo. Quando Massimo chegou às escadas, Guadalupe estava inconsciente no patamar. Correu e pegou nela, o sangue escorria-lhe da cabeça, mexeu-a de um lado para o outro para tentar
Fabritzio deixou a mansão irritado, mas não sem antes lembrar Massimo que tinha de ir ver Guadalupe ao hospital ou a avó Pellegrini ficaria a saber de tudo. Depois de Fabritzio ter saído, Massimo aproxima-se da mulher, que ainda está a tentar lembrar-se, mas por mais que tente, as suas memórias perdem-se até um dia depois do casamento. - Guadalupe, como te sentes? - Bem, só me dói o corpo, mas acho que com o remédio vai deixar de me doer. - Queres que te ajude a ir para o teu quarto? - Acho que consigo fazê-lo sozinha, não quero incomodar-te. - Anda, agarra-te ao meu pescoço, eu levo-te lá”, diz Massimo com muita calma. - disse Massimo com muita calma. A rapariga, um pouco atordoada, pôs o braço à volta do pescoço do homem bonito. Mais uma vez, Massimo reparou que a rapariga estava muito magra, viviam juntos há pouco tempo e a sua aparência tinha-se deteriorado consideravelmente. - Senhor, a senhora está bem? - disse Matteo ao ver entrar o seu patrão com Guadalupe nos braços.
Emma e Guadalupe chegaram ao escritório de Fabritzio, que ficou surpreendido por ver Guadalupe com a governanta e não com Massimo. - Olá, Guadalupe! Como estás? - Olá, Fabritzio, estou bem. A verdade é que não sei o que me aconteceu, só me lembro que ia a caminho das escadas e daí não me lembro até há umas horas atrás. - Vou mandar-te fazer umas análises para descartar qualquer complicação. Fabritzio saiu do escritório, segurando Emma pelo ombro. - Ema, podes ajudar-me a encontrar uma enfermeira? - Sim, senhor. - disse a mulher enquanto os dois saíam. Quando saíram, ela fechou a porta do gabinete e atreveu-se a perguntar. - Emma, onde está o Massimo? - Senhor, ontem ele telefonou e disse-me para ir para casa, que a Guadalupe estava a dormir e que ele tinha de partir para uma viagem. - Oh! Estou a ver, acabou por fugir. - Não sei, senhor! Não lhe posso dar mais pormenores. - Não te preocupes, Emma, vou examinar a Guadalupe para excluir qualquer ferimento mais grave. Depois
Naquela tarde, enquanto Guadalupe estava a jardinar com a música a tocar, não se apercebeu de uma sombra escura atrás dela. Massimo havia regressado e, ao ouvir a música estrondosa, foi ao jardim e encontrou a mulher a cantar, com as roupas cheias de terra, mas com um ar alegre: - Emma, eu sei! Eu sei! A música está muito alta, mas as rosas ao fundo não se ouvem. - Guadalupe! - Ouve-se a voz grossa de Massimo. A rapariga, ao reconhecer a voz, teve um sobressalto e voltou-se, aqueles olhos cor de avelã encontraram-se com os de Massimo, o seu semblante estava cansado e sério. - Per... Desculpa, pensei que fosses a Emma. - disse a rapariga, nervosa. - Vejo que, na minha ausência, andaste a fazer as tuas coisas. - disse ela de forma séria. - Não! É que... eu precisava de encontrar algo para fazer e o jardim precisava de ser tratado. Massimo olhou-a de alto a baixo, afastou-se e ela entendeu o gesto como um desagrado. A sua época de sorte havia acabado, o marido havia voltado e ela