Volto para o carro e encontro Killian parado exatamente do mesmo jeito de quando entrei no abrigo.
Abraçando minha bolsa, paro ao lado dele e coloco meu melhor sorriso.
— Você não cansa de ficar assim... -aceno com a cabeça para ele. —Parecendo uma estátua?
Ele não responde, mas não precisa. Por mais que tenha tentado arrancar palavras dele nas poucas semanas que o conheço, cheguei à conclusão amarga de que ele simplesmente não é do tipo falante.
Pior, ele leva o jogo de tratamento silencioso para o próximo nível que faz você se sentir menos do que a sujeira em seus sapatos de grife.
Para o registro, meu orgulho está ferido. Normalmente, sou capaz de fazer amizade com qualquer pessoa. Conto histórias espirituosas e sorrio e eles se apaixonam por mim, simples assim.
A única exceção é essa parede de músculo de um metro e noventa.
— Que seja. Vamos para casa, tenho uma festa para ir a noite.
Ele olha para mim com aquela ponta de sua desaprovação habitual.
— Que foi? Não gosta de fes