Cap.32
A manhã ainda estava fria quando Brenda saiu de casa, bocejando, o casaco apertado contra o corpo. Os olhos ainda pesavam, mas o passo era leve, apesar de parecer que tinha dormido mal.
Foi então que congelou no portão.
Gabriel estava ali. Parado. Esperando.
Por um segundo, ela achou que ainda estava sonhando, mas o olhar dele, calmo e firme, era real demais para ser fruto de um devaneio.
Ela sentiu um calor subir ao rosto e, meio sem jeito, esboçou um sorriso tímido, levantando a mão num aceno rápido.
Ele respondeu com um leve movimento de cabeça, nada além disso… mas, para ela, foi suficiente para o coração acelerar como se tivesse ouvido uma declaração.
Sem trocar uma única palavra, seguiram juntos pela rua. Como nos velhos tempos. Mas havia algo diferente naquele silêncio, ele não era vazio, era denso, carregado de significados não ditos. Brenda sentia como se cada passo ao lado dele fosse um reencontro.
No ônibus, Gabriel esperou que ela escolhesse onde sentar. Só depois o