97 Sinais estranhos.
Cap: 97 Sinais estranhos.
Caminhei ao redor daquele lugar, ansiosa. Rodrigo não pode ter pregado essa peça. Ele sabe que Andrews não pode descobrir seu sonambulismo. Eu não tinha percebido o aro na boca da garrafa, eu nem mesmo tinha bebido e parece que ele sabia. Tinha uma chave naquele aro. Peguei rapidamente, passando por Andrews, em pé, parado como uma estátua, mas meus olhos estavam fixos na porta, como se a distância entre mim e aquela maçaneta fosse a única coisa capaz de me salvar. Eu precisava sair dali.
Mas, assim que eu pude alcançar a porta, Andrews segurou meu roupão como se me chamasse de volta. Eu me virei, o encarando assustada, mas ele não tinha acordado. Antes que eu pudesse reagir, os dedos dele deslizaram, sem direção exata, até o nó frouxo do meu roupão. Era um gesto inconsciente. Ou... instintivo?
— Andrews… — sussurrei, a voz presa entre o susto. — Eu sinto muito. Temos que sair. Sei que não tem hora exata que você acorde, mas tenho hora para te colocar para dor