Meia hora depois, George saiu da Mansão dos Cardoso.
Reginaldo permaneceu sozinho na sala de estar, observando o ambiente durante a noite, o local estava deserto, exceto pelo mordomo, que vigiava à distância.
Um patrão e um servo, uma constante aparentemente eterna.
Nem seu filho, nem sua filha, nem sua esposa retornavam ao lar.
"Será que sou um bom marido, um bom pai, ao ponto de eles não desejarem retornar?"
Estava prestes a se levantar para sair quando um homem de meia-idade entrou pela porta, exibindo uma presença marcante e autoridade inquestionável.
— Cunhado, olá.
Reginaldo, surpreso ao reconhecer o visitante, perguntou:
— O que faz aqui?
— Vim ver como você está. — Respondeu o homem, caminhando até ele, ajeitando o casaco e se sentando ao seu lado sem cerimônias, como se também fosse sua casa. — E também discutir sobre minha irmã.
A irmã mencionada era Amanda Botelho, esposa de Reginaldo.
Aquele homem era Cláudio Botelho, o segundo irmão mais velho de Amanda, alguns anos mais j