Roman Ostrov
A luz baixa do quarto criava sombras suaves nas paredes, mas o que realmente me prendia era Donatella, deitada na cama diante de mim, ainda vendada. Sua vulnerabilidade era tão palpável quanto sua força, e isso me fascinava. Ela era uma mistura impossível de fragilidade e determinação, e cada vez que olhava para ela, sentia algo que ameaçava arrancar o controle que eu tanto valorizava.
Caminhei até a beira da cama, observando-a em silêncio por um momento. Seu peito subia e descia rapidamente, denunciando a excitação e o nervosismo que ela tentava esconder. A venda que cobria seus olhos realçava ainda mais sua entrega, e por mais que ela não quisesse admitir, eu sabia que ela confiava em mim.
— Donatella... — murmurei, meu tom baixo e rouco, carregado com tudo o que eu sentia naquele momento. — Você sabe o que acontece quando tira a visão de alguém?
Ela virou a cabeça ligeiramente na direção da minha voz, seus lábios entreabertos.
— O quê? — perguntou, sua voz um pouc