ELA
O Gama abriu a porta da cabana dele, mas fechou em seguida.
— Luna, poderia esperar um pouquinho aqui fora?
— Por quê? — Perguntei com um sorriso sonso no rosto. — Está com alguma garota aí?
— Não! Não, Luna, é que… bem, eu não estava esperando ninguém em casa e…
— Tá bom, Gama, não esquenta, eu espero aqui.
Ele sorriu, agradeceu, e entrou rapidamente. Eu, é claro, entrei logo em seguida, a tempo de assisti-lo retirar pratos e copos espalhados pela sala apressadamente. Ao me ouvir entrar, ele quase derrubou a bagunça que segurava.
— Luna! Eu pedi que esperasse um pouquinho…
— Eu esperei um pouquinho, tipo, dois minutos.
Ele suspirou, de ombros caídos, e saiu da sala murmurando algo que interpretei como “Fica a vontade, não repare a bagunça.”
Eu reparei, é claro, mas sem julgamentos, até porque, esqueceria em breve. Certamente, se morasse sozinha, faria as tarefas domesticas quando me desse vontade. Ter a sua própria casa tem que ter a vantagem de decidir o que e quando fazer!
A ca