— Há dois anos, ele me salvou — Sasha começa, a voz um pouco trêmula ao relembrar aquele momento sombrio de sua vida.
Luciana continua a encarar Sasha, a expectativa visível em seus olhos.
Sasha respira fundo, decidindo compartilhar mais de sua história.
— Quando eu tinha dezesseis anos — ela começa tentando encontrar palavras para resumir o acontecido. — Ao voltar para casa, vi meu pai caído no chão, desmaiado, mal dava para reconhecer o rosto dele — ela continua, sua voz ficando mais baixa.
Sasha faz uma pausa, as lembranças dolorosas emergindo como uma maré.
— Ele havia sido espancado por cinco homens que estavam dentro de casa. Quando me viram, me agarraram. Eu gritei para que me soltassem, mas eles apenas riam e se entreolhavam. Eles me jogaram no sofá e começaram a abrir os zíperes de suas calças, dizendo que me usariam para quitar a primeira parcela da dívida do meu pai.
Sasha suspira profundamente, o peso da memória se refletindo em seus olhos. Luciana observa atentamente, seu