Ana saiu da prisão com um nó na garganta. As palavras de Leon ecoavam em sua mente, mas o que mais a perturbava era a sensação de que algo ainda estava escondido, algo que Beatriz parecia temer contar. Ao chegar em casa, sentia o peso das descobertas se acumulando. Ela sabia que sua mãe seria a melhor pessoa para buscar conselhos. Desde que tudo começou, a sabedoria da mãe sempre a guiou, e Ana precisava disso agora mais do que nunca.
Ao entrar, encontrou Dona Maria sentada na cozinha, dobrando cuidadosamente algumas roupas. A luz suave do final da tarde deixava a cozinha com um ar acolhedor, mas Ana sentia que seu coração estava longe de qualquer sensação de conforto.
— Oi, mãe — disse Ana, tentando controlar o tremor em sua voz.
Dona Maria levantou o olhar imediatamente, notando a angústia no rosto da filha. Ela colocou as roupas de lado e gesticulou para que Ana se sentasse.
— O que aconteceu, minha filha? — perguntou a mãe, com aquele tom calmo e compreensivo que sempre fazia Ana